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Por Ricardo Lima
A mineradora Vale está em fase final de um levantamento aéreo na região das minas de Itabira, iniciado em 18 de setembro. A atividade, que utiliza sensores eletromagnéticos transportados por helicópteros, segue até esta quinta-feira (3), das 7h30 às 17h.
Em nota ao Minera Brasil, a empresa afirma que o objetivo é ampliar o conhecimento geológico do território, gerando dados internos que ajudam a otimizar processos e o uso de recursos em suas operações. Os estudos, considerados de rotina pela Vale, também estão em andamento em outras regiões de Minas Gerais, e a mineradora destaca que em breve serão realizados no Pará.
Embora a mineradora trate a operação como parte de sua rotina, o levantamento aéreo pode estar diretamente ligado à revisão do horizonte de exaustão das minas de Itabira, oficialmente previsto até 2041, conforme relatório Form-20 enviado pela empresa à Bolsa de Nova Iorque. Durante coletiva de imprensa realizada no dia 25 de setembro, o diretor de Relações Institucionais da Vale, Marcelo Klein, confirmou que esse prazo está em revisão com base nas novas sondagens.
O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, indicou durante reinauguração da Mina Capanema, no dia 4 de setembro, que as minas de Itabira podem ter potencial de lavra para além de 2041. Segundo o Vila de Utopia, jornal local de Itabira, em 2003, após uma grande campanha de sondagens, a empresa anunciou que as reservas conhecidas saltaram de 677 milhões para 1,135 bilhão de toneladas, enquanto os recursos inferidos chegaram a 3,9 bilhões de toneladas.
Todo o procedimento é autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Ministério da Defesa, dentro dos padrões legais de segurança.