Comente, compartilhe e deixe sua opinião nos comentários! Sua participação é essencial para enriquecer o debate
Por Ricardo Lima
Durante uma entrevista coletiva nesta sexta-feira, o vice-presidente executivo da Vale, Marcelo Bacci, destacou que o principal desafio do projeto envolve a construção de uma infraestrutura de grande porte — incluindo ferrovia e porto — cuja viabilidade econômica é dificultada pelo volume de minério atualmente disponível. Segundo ele, a mineradora tem, em princípio, interesse em depósitos de minério de ferro de alta qualidade no Brasil, mas vê entraves significativos na estrutura logística necessária para o empreendimento. Informações do Valor Econômico.
O projeto da Bamin compreende uma mina com capacidade de produção de 26 milhões de toneladas de minério de ferro em Caetité (BA), a finalização de um trecho da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) e a construção de um terminal portuário em Ilhéus. O investimento total pode ultrapassar R$ 30 bilhões. A iniciativa é controlada pela Eurasian Resources Group, do Cazaquistão, que busca um comprador para o ativo.
Bacci afirmou que a Vale segue explorando possíveis soluções para viabilizar o projeto. Uma das ideias avaliadas seria incorporar o transporte de outras cargas, além do minério, para justificar o investimento logístico necessário. No entanto, ele ressaltou que a Vale é uma mineradora, não uma empresa de logística, e que essa expansão de escopo não faz parte de sua atuação direta.
“Até hoje não encontramos uma forma econômica de desenvolvê-lo […] seguimos buscando soluções, mas ainda não é possível dizer se o projeto vai avançar”, afirmou Bacci.
Ele indicou ainda que, caso uma alternativa logística seja encontrada, o desenvolvimento do projeto poderia ocorrer em parceria com outros atores interessados, já que a operação envolveria diferentes tipos de cargas além do minério.