A Samarco, empresa que está em recuperação judicial desde abril de 2021, estabeleceu a expectativa de retomar 100% de sua capacidade de produção até 2028. A previsão é que neste ano a empresa atinja 30% de sua capacidade produtiva. Em dezembro de 2020, a Samarco retomou suas operações com 26% da capacidade em uso.
Para o ano de 2023, a Samarco planeja ampliar sua produção em 10% em relação a 2022, quando foram produzidas 9,288 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério.
No ano passado, a Samarco registrou um prejuízo de R$ 12,08 bilhões, em comparação com R$ 10,05 bilhões de prejuízo no ano anterior. A receita também teve uma redução de 8,6%, totalizando R$ 8,14 bilhões, devido à queda nos preços do minério.
Operações da Samarco
O resultado operacional apresentou um prejuízo de R$ 23,3 milhões, em comparação com R$ 9,98 bilhões em 2021, principalmente devido a uma reversão na provisão para recuperação ambiental e socioeconômica. O saldo de caixa e equivalentes de caixa no final do ano foi de R$ 542,8 milhões, em comparação com R$ 2 bilhões em 2021.
Luiz Fabiano Saragiotto, diretor de reestruturação da Samarco, afirmou que a empresa ampliará sua capacidade de produção este ano com o reinício da operação de um segundo mineroduto.
Em 2025, está previsto o início das operações de um segundo concentrador de minério, que deve ampliar a capacidade produtiva para 60%, ou seja, 16 milhões de toneladas por ano. Em 2028, um terceiro concentrador começará a operar, elevando a capacidade produtiva para 100%.
Saragiotto destacou que nos primeiros anos, os recursos financeiros serão direcionados para financiar investimentos na capacidade produtiva e na descaracterização da barragem em Germano (MG). A partir de 2028, quando a capacidade produtiva estiver em 100%, a Samarco espera gerar caixa suficiente para pagar suas dívidas com os credores de forma mais tranquila.
*Com informações de Valor Econômico