O Brasil, como terceiro maior produtor mundial de alimentos, enfrenta desafios logísticos e dependência do mercado externo na produção de insumos agrícolas, especialmente em estados como Roraima, no extremo norte do país. Diante dessa realidade, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) desenvolveu o Projeto Fosfato Brasil e o Projeto Terras-Raras Brasil, visando avaliar e expandir as reservas nacionais desses minerais essenciais.
O SGB recentemente disponibilizou o projeto “Geologia e Avaliação do Potencial para Fosfato e Elementos Terras-Raras da Região de Campos Novos (RR)”, que se concentra em fornecer informações cruciais resultantes da prospecção regional para fosfato e terras-raras na Amazônia ocidental, especificamente em Roraima.
O objetivo central do projeto é identificar fontes potenciais dessas commodities, apontando ambientes propícios para a obtenção de insumos para a indústria de fertilizantes (fosfato) e para a indústria de baixo carbono (terras-raras) na região central de Roraima. Essa iniciativa ganha relevância considerável para o estado, dada sua localização no extremo norte e as dificuldades logísticas enfrentadas, agravando a escassez de insumos para o setor agrícola.
O estudo não apenas busca atender à crescente demanda por insumos agrícolas e tecnológicos no Brasil, mas também enfrenta desafios específicos da região, representando uma fonte crucial de informações para atrair investimentos na mineração. O lançamento do relatório demonstra o compromisso do SGB em contribuir para a política governamental de incentivar iniciativas em todas as regiões do país.
Ao aumentar o conhecimento geológico, o projeto estimula investimentos no setor mineral, promovendo a mineração e respaldando decisões de investidores, tanto privados quanto públicos. A iniciativa não apenas beneficia o país em termos nacionais, mas também tem o potencial de impulsionar a economia regionalmente, atendendo às necessidades urgentes de lugares como Roraima.