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Por Ricardo Lima
A Power Minerals Limited anunciou que concluiu com sucesso a averiguação do Projeto Santa Anna, localizado em Goiás, e seguirá com a aquisição formal do ativo. O projeto destaca-se pela presença significativa de nióbio e elementos de terras raras, fundamentais para tecnologias de energia limpa.
A empresa já iniciou a segunda fase de sondagens para ampliar a área mineralizada. O potencial de exploração do complexo alcalino, que ainda tem cerca de 90% de sua superfície sem testes, apresenta resultados iniciais promissores.
Exploração inicial confirma riqueza mineral
O Projeto Santa Anna, descoberto em 2021 e com área de 17,05 km², passou por um programa inicial de sondagens que intersectou zonas extensas de nióbio e REEs (elementos de terras raras). As análises confirmaram a ocorrência mineral tanto em rocha fresca em profundidade quanto na zona intemperizada próxima à superfície.
Segundo a Power Minerals, a due diligence validou o modelo de exploração da empresa e indicou grande potencial de expansão, com quase 90% do complexo ainda não testado. O próximo passo é a conclusão da aquisição, dependente de acordo definitivo entre a Power e a EDEM, vendedora do projeto, esperado para este mês.
Mena Habib, diretor-gerente da Power Minerals, destacou: “As sondagens iniciais demonstraram significativa mineralização de nióbio e REEs tanto em profundidade quanto na superfície. A perfuração também mostrou o potencial de expansão do projeto.”
Destaques
O projeto revelou concentrações relevantes de nióbio e terras raras:
- Nióbio: interceptações de até 10.117 ppm em trechos específicos, com intervalos de até 129 metros com teores acima de 1.700 ppm Nb₂O₅. A mineralização é consistente tanto na superfície quanto em profundidade.
- Terras raras (TREO): amostras com até 32.297 ppm, incluindo zonas de 51 metros com média de 10.262 ppm, destacando-se como um depósito de alto grau, promissor para extração de REEs estratégicos.
Além do nióbio e TREO, o projeto ainda apresenta potencial para expansão em outras zonas do complexo alcalino que ainda não foram sondadas ou analisadas.
Próximos passos
A aquisição envolve uma parceria com a EDEM, empresa brasileira responsável pelo projeto, que fornecerá suporte em infraestrutura, licenciamento e relações locais. Sob o acordo, a Power explorará nióbio e elementos de terras raras, enquanto a EDEM focará no potencial fosfatado da área.
A segunda fase de sondagens já começou, com o objetivo de ampliar o footprint mineralizado e estabelecer uma estimativa de recursos e alvo de exploração para o projeto.