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Por Ricardo Lima
Com reservas expressivas de ferro e níquel e posição estratégica próxima ao litoral, o Piauí tem se consolidado como um dos principais destinos para novos investimentos em mineração no Brasil. Grandes empresas do setor, como Lion Mining, Bemisa e SRN Mineração, apostam em projetos bilionários que prometem transformar o estado em um polo de produção e exportação de minérios de alto valor agregado.
A atuação da Investe Piauí, por meio da vice-presidência de Mineração, tem sido central na estruturação de um ambiente favorável à expansão do setor, com foco em segurança jurídica, sustentabilidade e competitividade logística.
Ferro e níquel impulsionam novos projetos
Entre os empreendimentos em destaque está a Lion Mining, sexta maior exportadora de minério de ferro do país, que opera em Piripiri (PI). A empresa possui capacidade de extração de 2 milhões de toneladas anuais de minério de alto teor e mais de 90 direitos minerários distribuídos em uma área de 110 mil hectares. A proximidade com o Porto de Luís Correia, a menos de 100 quilômetros, fortalece a competitividade logística e reduz custos de escoamento.
Outro projeto de peso é o Piauí Níquel, localizado em Capitão Gervásio Oliveira, considerado um dos mais avançados do Brasil na produção sustentável de níquel e cobalto, metais essenciais para a cadeia global de baterias e a transição energética. Com investimento superior a US$ 1 bilhão, o empreendimento deve produzir anualmente cerca de 28 mil toneladas de níquel e 1 mil de cobalto, além de gerar 3.500 empregos diretos e indiretos durante o pico das obras.
De acordo com Fernando Antonialli, vice-presidente de Mineração da Investe Piauí, a expansão do setor reflete um planejamento estratégico de longo prazo.
“Nosso trabalho tem sido decisivo para transformar o potencial mineral do Piauí em novos negócios, impulsionar exportações e fortalecer a cadeia produtiva local”.
Projetos ampliam competitividade e atraem investimentos
A Bemisa (Brasil Exploração Mineral S.A.), sediada em Paulistana, lidera o Projeto Planalto Piauí, uma das maiores iniciativas minerais do país, com reserva estimada em mais de 1,2 bilhão de toneladas de minério de ferro. O projeto deve alcançar produção anual de 15 milhões de toneladas de pellet feed com 70% de teor de ferro, consolidando o estado como referência em minérios de alta qualidade.
Outro empreendimento relevante é o Projeto Serrinha, da SRN Mineração, em São Raimundo Nonato, que abriga 637 milhões de toneladas de minério de ferro. A operação inicial prevê produção anual de 2 milhões de toneladas, com foco em práticas sustentáveis de exploração.

Projeto Serrinha, da SRN Mineração, avança em São Raimundo Nonato com foco em produção sustentável de ferro. Foto: Secom Piauí / Reprodução.
Antonialli afirma que a Investe Piauí tem atuado como facilitadora da chegada das mineradoras ao estado.
“Nosso papel é facilitar a chegada das mineradoras ao estado, garantindo infraestrutura, segurança jurídica e proximidade logística. Isso significa transformar o potencial mineral do Piauí em oportunidades concretas para a nossa população”.
O vice-presidente destaca ainda que o trabalho da Agência vai além da atração de investimentos.
“Estamos estruturando um ambiente que combina competitividade, sustentabilidade e inovação. O Piauí tem reservas minerais estratégicas e cabe à Investe potencializar essas riquezas, assegurando que elas se convertam em empregos, renda e desenvolvimento para o estado.”
Fernando Antonialli – vice-presidente de Mineração da Investe Piauí