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Uma pesquisa publicada na revista Geoscience Frontiers analisou a presença de cobalto em jazidas de manganês de idade Paleoproterozoica, entre 2,2 bilhões e 2 bilhões de anos, localizadas no Brasil e na África. O estudo busca compreender as características geoquímicas desses depósitos e avaliar o potencial do cobalto como subproduto, um metal essencial para diversas indústrias e para a transição energética.
O artigo, intitulado Cobalt enrichment in Paleoproterozoic African and Brazilian manganese deposits, é assinado pelo geólogo Evilarde Uchôa, do Serviço Geológico do Brasil (SGB). A pesquisa, que faz parte do doutorado do autor na Universidade Federal do Ceará (UFC), recebeu apoio da Society of Economic Geologists (SEG) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Metodologia aplicada
Para a investigação, foi empregada a Análise de Componentes Principais (PCA), técnica que permite identificar padrões e variáveis relevantes em dados geoquímicos. Com essa abordagem, foi possível examinar a distribuição de cobalto, cobre, níquel e vanádio nas jazidas de manganês. Além disso, o estudo explorou os processos geológicos que levaram à formação desses depósitos, destacando o impacto das cianobactérias, da oxigenação da atmosfera primitiva e das alterações químicas nos oceanos.
Potencial econômico e impactos futuros
Os resultados apontam que as jazidas estudadas contêm concentrações anômalas de cobalto, sugerindo um elevado potencial para sua recuperação como subproduto da mineração de manganês. Essa possibilidade pode tornar a extração mais viável economicamente e reduzir a dependência de fontes convencionais de cobalto, ampliando as opções de abastecimento desse metal estratégico.
O artigo completo pode ser acessado na publicação original, aqui.