Produção mineral do Pará supera a de Minas Gerais no início de 2025, com destaque para a exploração de minério de ferro e cobre. Canaã dos Carajás, Parauapebas e Marabá ocupam o topo do setor, impulsionando o crescimento da indústria extrativa até 2030. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.
Retomada da liderança
Após três anos consecutivos em segundo lugar, o estado do Pará voltou a superar Minas Gerais em produção mineral no início de 2025, movimentando R$ 10,75 bilhões em commodities contra R$ 9,19 bilhões gerados pelo estado mineiro.
A última vez em que o Pará superou Minas Gerais em produção anual foi em 2021, quando o estado amazônico registrou R$ 146,58 bilhões em operações minerais, enquanto Minas Gerais atingiu R$ 142,97 bilhões, ambos recordes históricos.
Embora o Pará tenha registrado uma diferença significativa de R$ 1,5 bilhão na produção mineral, ainda é cedo para afirmar que manterá a liderança até o final de 2025. A competição entre os dois estados se mantém acirrada, com empresas mineradoras apostando no crescimento do Pará, que possui um território mais extenso, porém menos explorado do que Minas Gerais. Ambos os dois estados possuem um principal recurso mineral explorado: o minério de ferro.
Estados mineradores
A atividade mineradora no Pará é marcada por uma superconcentração na multinacional Vale, que foi responsável por 87,5% das operações do setor no estado em janeiro de 2025. Em comparação, Minas Gerais mantém uma distribuição mais ampla de projetos minerários, com uma exploração significativa em menores áreas de seu território.
No entanto, os projetos paraenses são consideravelmente mais rentáveis. Enquanto Minas Gerais realiza operações minerárias em uma área de aproximadamente 459 quilômetros quadrados, o Pará, devido à sua extensão territorial, apresenta uma densidade menor de projetos ativos. A cada 9.229 quilômetros quadrados, em média, há uma mina em operação.
Em âmbito municipal, três localidades paraenses dominam a produção mineral: Canaã dos Carajás, Parauapebas e Marabá, que juntas representam 34,8% das operações do setor no país em janeiro de 2025. Canaã dos Carajás, conhecida como Terra Prometida, se consolidou como o maior produtor, movimentando R$ 3,727 bilhões. Parauapebas, chamada de Capital do Minério, ficou em segundo lugar com R$ 3,485 bilhões, enquanto Marabá, a Capital do Cobre, gerou R$ 2,242 bilhões. O 4º colocado nacional foi o município mineiro de Conceição do Mato Dentro, com R$ 1,509 bilhão. As cidades mineiras de Itabira,