O Ministério de Minas e Energia (MME) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) revelaram, durante o Prospectors & Developers Association of Canada (PDAC), o principal evento mundial de mineração e exploração mineral, o planejamento das atividades do Fundo de Investimentos em Minerais Estratégicos no Brasil.
A divulgação do FIP foi conduzida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na semana passada.
O cronograma continua com um seminário, organizado pelo BNDES em abril de 2024, para engajar potenciais administradores e investidores no Brasil. Em maio, está programada a abertura do processo de seleção pública dos projetos alinhados com o financiamento. Os resultados dos pedidos de financiamento devem ser anunciados em outubro.
“Além de atrair investimentos e parceiros estratégicos, o fundo busca promover uma mineração sustentável. Seguindo as diretrizes do presidente Lula, estamos focados na transição energética, considerando simultaneamente as comunidades e o meio ambiente”, afirmou Silveira. “Ainda neste ano, os projetos que atenderem a todos os critérios do BNDES receberão o financiamento para o desenvolvimento das atividades”, concluiu o ministro.
“O fundo de minerais estratégicos fortalece a estratégia do BNDES de colaborar com o setor privado na captação de recursos para uma área crucial para o país. A liderança internacional do presidente Lula abriu uma janela histórica de oportunidades, e a exploração sustentável dos minerais estratégicos será essencial para posicionar o Brasil na vanguarda da transição energética global”, destacou Mercadante.
FUNDO DE MINERAIS ESTRATÉGICOS PARA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
O FIP Minerais Estratégicos mobilizará mais de R$ 1 bilhão, viabilizando novos empreendimentos de minerais considerados estratégicos para a transição energética, descarbonização e produção sustentável de alimentos.
Segundo o plano de trabalho desenvolvido pelo BNDES, prevê-se que o Fundo invista em 15 a 20 empresas com projetos de pesquisa mineral, desenvolvimento e implementação de novas minas de minerais estratégicos no Brasil. O BNDES investirá até R$ 250 milhões no Fundo, com participação limitada a 25% do total, esperando-se a adesão de outros investidores nacionais e internacionais.
O Fundo dará prioridade aos minerais para transição energética e descarbonização, incluindo: cobalto, cobre, estanho, grafita, lítio, manganês, minério de terras raras, minérios do grupo da platina, molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, titânio, tungstênio, urânio, vanádio e zinco. Fosfato, potássio e remineralizadores, minerais essenciais para a fertilidade do solo, também estão abrangidos pelo fundo.