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Por Ricardo Lima
A Keystone Mineração anunciou, no final de agosto, a assinatura de um Memorando de Entendimento (MOU) com a Huawei Digital Power e a Aggreko para a construção de uma microrrede autônoma no município de Nova Bandeirante (MT). O sistema irá abastecer o Projeto Aurífero Juruena e poderá gerar excedentes para comunidades vizinhas, impulsionando o desenvolvimento local. A usina deverá entrar em operação em 2025.
A Huawei Digital Power será responsável pelo fornecimento de equipamentos e sistemas essenciais ao projeto, como inversores solares e a tecnologia de armazenamento BESS do portfólio Luna.
Sustentabilidade e inovação energética
A diretora de Negócios Off-Grid da Huawei, Bárbara Pizzolatto, ressaltou o caráter inovador da iniciativa. “Este é um projeto pioneiro e transformador, que materializa nossa missão de promover energia renovável e sustentável em mercados desafiadores e regiões remotas. A solução proposta é totalmente autônoma e traz benefícios significativos de eficiência e impacto ambiental. Nosso sistema de microrrede pode gerar uma economia de até 15% no custo total da usina e reduzir em mais de 23% as emissões de carbono”, afirmou.
Ela acrescentou que a tecnologia de baterias da Huawei possui um diferencial estratégico. “Esse diferencial garante segurança, confiabilidade e estabilidade na geração de energia, integrando-se perfeitamente à microrrede. Para nós, é motivo de grande orgulho contribuir com o desenvolvimento social e econômico do Juruena, oferecendo energia limpa para a região amazônica”. O projeto prevê a implantação de uma usina híbrida que integra geração térmica, solar fotovoltaica e armazenamento em baterias, com capacidade inicial de 6 MW e possibilidade de expansão para 20 MW.
O CEO da Keystone, Tim Chen, destacou o caráter estratégico da parceria com a Huawei e a Aggreko. “Estamos entusiasmados com as possibilidades desta colaboração e comprometidos em avançar com os próximos passos para viabilizar este projeto. É um marco histórico poder unir forças com empresas renomadas como a Aggreko e a Huawei, demonstrando o forte compromisso dessas empresas conosco na Amazônia”, afirmou, ressaltando a relevância do projeto para a região.
O Diretor de Venda Utilities da Aggreko no Brasil, Cristiano Saito, explicou o papel da empresa na parceria.
“Estamos diante de um momento histórico para a mineração brasileira. Combinando geração térmica, solar e armazenamento em baterias, o Projeto Juruena prova que é possível trazer inovação energética para regiões com acesso desafiador, reduzindo emissões, garantindo confiabilidade e impulsionando o desenvolvimento das comunidades locais”
Cristiano Saito, Diretor de Venda Utilities da Aggreko
Saito destacou também o compromisso da Aggreko com o desenvolvimento sustentável da região amazônica. “Para a Aggreko, é motivo de orgulho contribuir para a transição energética da Amazônia, unindo nossa experiência global em energia com o compromisso de promover desenvolvimento econômico e social de forma responsável”, completou.
Impacto e desenvolvimento socioeconômico
Localizado em uma área de cerca de 33 mil hectares, o Projeto Juruena emprega atualmente 80 profissionais diretos e aproximadamente 300 indiretos. Com a usina, a expectativa é garantir energia estável para as operações e, ao mesmo tempo, beneficiar comunidades próximas com acesso a excedentes de energia limpa.