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Por Ricardo Lima
A cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, deve receber um investimento de R$ 4 bilhões com a ampliação das atividades da LHG Mining, empresa do grupo JBS. A proposta da mineradora inclui a duplicação da produção anual de minério de ferro, atualmente em 12 milhões de toneladas, além da construção de um terminal logístico inédito na região. A expectativa é que, durante a fase de obras, sejam gerados até 4,3 mil empregos temporários. Informações do Capital News.
O projeto de expansão do Complexo Morro do Urucum foi apresentado ao prefeito de Corumbá, Dr. Gabriel, em reunião com os representantes da empresa. Participaram do encontro os diretores Lúcio Cavalli (Operações), Rodrigo Dutra (Sustentabilidade) e o coordenador de Meio Ambiente, Kelver Lino. Na ocasião, os executivos detalharam as estimativas técnicas e os ganhos econômicos do novo ciclo de investimentos da companhia.
Expansão e modernização
Segundo a LHG Mining, a produção deve alcançar 25 milhões de toneladas por ano, com uma vida útil estimada em quatro décadas. Para isso, estão previstas duas novas plantas de beneficiamento, a construção de um sistema automatizado de carregamento ferroviário, a instalação de um transportador de correia e a criação de um novo terminal rodoviário. Com teores superiores a 65% de ferro, o minério extraído na região se posiciona entre os mais puros do planeta.
A empresa afirma que as mudanças reduzirão significativamente os custos logísticos e contribuirão para diminuir os impactos ambientais, como a emissão de poeira no transporte rodoviário. Ainda segundo a LHG, a contratação de trabalhadores da região continuará sendo prioridade. Atualmente, mais de 90% da equipe é formada por profissionais sul-mato-grossenses.
Efeito na arrecadação municipal
Com a nova estrutura, 500 postos de trabalho permanentes deverão ser criados, ampliando o quadro total para cerca de 2.500 colaboradores. A arrecadação anual também tende a crescer: o município poderá receber R$ 350 milhões por ano em tributos, entre Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), ICMS e ISS.
Além disso, a compensação ambiental estimada é de R$ 40 milhões. De acordo com o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), se trata de um investimento local de natureza estrutural: “Estamos diante de um investimento estruturante para a região, que fortalece a cadeia mineral com responsabilidade ambiental e inclusão socioeconômica”, destacou o secretário.
A população terá a oportunidade de conhecer os detalhes do projeto na audiência pública marcada para o dia 30 de setembro, no Centro de Convenções de Corumbá.
O prefeito Dr. Gabriel elogiou a iniciativa. “É um projeto estratégico para o desenvolvimento sustentável de Corumbá, e o município está pronto para acompanhar todas as etapas junto aos órgãos ambientais”, declarou.
O projeto agora depende do andamento das etapas de licenciamento ambiental para ser executado.