A Justiça Federal começa hoje, dia 6 de novembro, a ouvir os réus relacionados ao desastre de Mariana ocorrido há oito anos, em 2015. Os interrogatórios se estenderão até 13 de novembro e marcam a primeira vez que os acusados serão ouvidos pelo Judiciário.
O primeiro réu a ser interrogado é Germano Silva Lopes, ex-gerente operacional da Samarco, acusado de diversos crimes, incluindo inundação qualificada, desabamento e delitos ambientais. O Ministério Público Federal ofereceu a denúncia em outubro de 2016, mais de um ano após o trágico rompimento da barragem, que resultou em 19 mortes.
Inicialmente, 21 pessoas físicas foram denunciadas por homicídio qualificado, inundação, desabamento e lesões corporais graves, mas esse crime foi retirado da acusação.
Além das pessoas físicas, as empresas Samarco, Vale e BHP enfrentam acusações de crimes ambientais. Outras acusações incluem a apresentação de laudo ambiental falso por parte de um engenheiro e uma empresa.
Atualmente, sete pessoas físicas e quatro pessoas jurídicas continuam a responder ao processo, que busca justiça após a maior tragédia ambiental da história do Brasil.