A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA) está empenhada em estabelecer regulamentações para a mineração em águas profundas, numa resposta à crescente demanda por minerais impulsionada pela transição para energias limpas. Este tópico será central na COP28 das Nações Unidas, em Dubai, de 30 de novembro a 12 de dezembro.
Um dos métodos propostos envolve o uso de um robô gigante, enviado ao fundo do oceano a partir de um navio de apoio, mergulhando a incríveis 5.000 metros de profundidade, explorando o local menos conhecido do planeta.
Nessas profundezas, particularmente no Oceano Pacífico, rochas em forma de batata, chamadas nódulos polimetálicos, repletas de metais essenciais para baterias de íons de lítio de veículos elétricos, cobrem o leito marinho.
A controvérsia em torno da remoção desses nódulos persiste, com empresas como BMW, Google e a gigante da mineração, Rio Tinto, pedindo uma proibição temporária. Cientistas argumentam que os impactos no ecossistema oceânico ainda não estão claros.
Esses nódulos, compostos por manganês, níquel, cobre, cobalto e outros minerais, desempenham um papel crucial na transição energética, sendo fundamentais na fabricação de baterias, painéis solares, veículos elétricos e dispositivos eletrônicos.
Com a pressão para reduzir as emissões, estima-se que, até 2040, o mundo precisará do dobro da quantidade atual desses metais, tornando a mineração em alto mar uma consideração urgente. Os minerais usados na produção de veículos elétricos estão se tornando mais escassos em terra, elevando os custos de mineração e, por conseguinte, os preços dos produtos eletrônicos.
No entanto, ambientalistas alertam que a mineração em alto mar não é uma solução livre de problemas, destacando possíveis impactos na vida marinha e ecossistemas oceânicos. O debate sobre a mineração em águas profundas continua na ISA, com diferentes partes buscando equilibrar a necessidade de minerais com os riscos ambientais associados.
Fonte: MINING.COM