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Por Ricardo Lima
A Homerun Resources Inc. finalizou a aquisição dos direitos de lavra da Guidoni Brasil S.A. sobre áreas arrendadas junto à Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), no município de Belmonte, Bahia. As concessões minerárias estão aptas para início imediato da extração de areia de sílica e têm taxas de royalties inferiores às previstas em contratos anteriores da companhia no Distrito de Santa Maria Eterna.
O acordo transfere integralmente os direitos e obrigações relacionados às áreas — identificadas pelas concessões 871.960/1992, 870.462/1999, 870.463/1999 e 873.387/2007 — para a Homerun, com anuência da CBPM. Pelo contrato, a empresa pagará à estatal baiana um royalty de R$ 26 (US$ 4,50) por tonelada de sílica extraída.
Consolidação estratégica
Segundo Brian Leeners, CEO da Homerun, a operação representa mais um passo na execução de um plano traçado há dois anos para unificar o controle das reservas da região. “No nosso plano estratégico original dois anos atrás, nós declaramos que nós trabalharíamos metodicamente para consolidar o controle sobre os únicos depósitos de areia de sílica Santa Maria Eterna no Distrito de Sílica de Belmonte, e nós continuamos a executar esse mandato”, disse.
Leeners destacou ainda que a estratégia exige negociações complexas e persistência para obter condições favoráveis. “Esse processo requer grande esforço e considerável paciência enquanto construímos relacionamentos benéficos e termos favoráveis e eu quero agradecer à nossa equipe pelos seus esforços incansáveis nesse sentido. Nós também queremos agradecer aos nossos parceiros no Distrito, em particular a CBPM,” afirmou.
Potencial de longo prazo
Com a transação, a Homerun passa a deter a maior parte das reservas de areia de sílica no distrito, por meio dos arrendamentos com a CBPM e da parceria com um dos principais produtores brasileiros do mineral. A empresa segue negociando com proprietários históricos e atuais de áreas não abrangidas por concessões da estatal, buscando ampliar o controle sobre a região.
Para Leeners, o volume de recursos aliado à verticalização — que vai da extração à produção de vidro solar — coloca a companhia em posição estratégica. “Com séculos de suprimento à nossa disposição, nós não estamos apenas participando da transformação de energia renovável do Brasil, nós estamos possibilitando isso enquanto construímos um fosso competitivo defensável que se estende muito além de qualquer ciclo de mercado único,” afirmou.
O pagamento total pelo negócio será de R$ 2,5 milhões, sendo R$ 500 mil já quitados na assinatura do contrato e o restante pago em quatro parcelas semestrais, corrigidas pela variação cambial.