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Geólogo americano desafia cartel global de fertilizantes e descobre megajazida de potássio

Ted Pagano investiu recursos próprios em depósito no interior de Michigan e agora compete com gigantes como Mosaic e Nutrien

16 de junho de 2025
em Internacional
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Geólogo americano desafia cartel global de fertilizantes e descobre megajazida de potássio

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O que você vai ler a seguir é uma reportagem original de Christopher Helman, publicada pela Forbes. Ela conta a história de Ted Pagano, um geólogo americano que contrariou os gigantes do setor de fertilizantes ao apostar tudo em uma reserva mineral esquecida em Michigan — e pode ter encontrado uma das maiores jazidas de potássio dos Estados Unidos.

O momento da descoberta ocorreu em 2012, quando o professor emérito William Harrison, da Universidade do Oeste de Michigan, convidou Ted Pagano, então um geólogo freelancer de 35 anos, para visitar seu repositório geológico de 2.500 m² em Kalamazoo, município a cerca 120 km de Lansing, a capital do estado. O repositório é um paraíso para os entusiastas de rochas, com seu depósito pleno de prateleiras industriais onde estão caixotes de minerais coletados em todo o estado de Michigan.

Mas Pagano não queria ver tudo, ele estava ali por um motivo específico: as 80 paletes de testemunhos de sondagem doadas em 2008 pela Mosaic Company, uma gigante do potássio listada na NYSE, empresa com vendas de US$ 11,1 bilhões em 2024, ou R$ 61,35 bilhões na cotação atual. Os testemunhos são cilindros padronizados de rocha, com cerca de um metro de comprimento e 10 centímetros de diâmetro.

“Eles foram extraídos de cerca de 75 poços perfurados no início dos anos 1980, a até 2.400 metros de profundidade nos condados de Osceola e Mecosta, que é uma área pouco povoada do centro de Michigan, em uma camada rochosa rica em minerais depositados por um oceano que evaporou milhões de anos atrás. Esses minerais incluem sal (cloreto de sódio) e potássio (principalmente óxido de potássio), que os produtores rurais valorizam como fertilizante. Trata-se de um mineral crítico. Os EUA consomem 5,3 milhões de toneladas por ano e importam 95% disso, principalmente do Canadá.

Pagano estava empolgado para ver esses testemunhos porque esperava que eles confirmassem sua suspeita: de que a Mosaic estava sentada sobre uma jazida de potássio em Michigan muito maior do que se imaginava. Ele suspeitava que o depósito, se devidamente desenvolvido, poderia fornecer 1 milhão de toneladas de fertilizante por ano aos produtores americanos.

Isso seria quase sete vezes mais do que fornece a pequena planta da Mosaic em Hersey, no Michigan, com capacidade anual de 150 mil toneladas. Com US$ 70 mil de seu próprio bolso, Pagano fundou a Michigan Potash & Salt Company e já estava arrendando direitos minerais de fazendeiros e pecuaristas da região.

Ainda assim, Pagano afirma: “Fui ao laboratório de testemunhos com ceticismo.” Na ocasião, o professor Harrison e Pagano abriram sacos plásticos lacrados para extrair rochas embrulhadas em jornais de 1984. Os testes mostraram depósitos espessos de alguns dos potássios de maior pureza já descobertos. E ficaram especialmente animados ao abrir os testemunhos do poço chamado Stein 1-7.

Como esse poço havia sido perfurado a quilômetros da área considerada mais promissora, Pagano achava que a chance era alta de que os testemunhos apresentassem baixas concentrações de potássio. Em vez disso, eram tão bons quanto os melhores.

Isso provava que a extensão real do depósito de potássio de Michigan era consideravelmente maior do que até especialistas como Harrison previam. Por isso Pagano começou a arrendar terras freneticamente: logo ele tinha sob contrato 6.300 hectares (cerca de 62,7 km²) de uma das maiores jazidas de potássio dos Estados Unidos. “Tinha certeza de que o poço Stein seria um fracasso. Ver que era tão bom quanto o melhor dos poços foi espantoso”, diz Pagano, hoje com 49 anos.

Agora, sua empresa está prestes a fechar um financiamento de US$ 1,8 bilhão (R$ 10 bilhões) para uma nova mina, incluindo um empréstimo de US$ 1,3 bilhão (R$ 7,2 bilhões) do Departamento de Energia dos EUA e US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) em capital próprio, organizados por JPMorgan e Goldman Sachs.

Se tudo correr bem, a mina estará produzindo 1 milhão de toneladas de potássio por ano (avaliadas em US$ 350 milhões, ou R$ 1,9 bi) e 1,3 milhão de toneladas de sal (avaliadas em US$ 80 milhões, ou R$ 442 milhões) até o fim da década.

Com uma base de recursos comprovada de 130 milhões de toneladas, esse ritmo pode ser mantido por um século ou mais, o que pode tornar Pagano, que detém 65% da empresa, extremamente rico. Mesmo hoje, sua participação já vale pelo menos US$ 300 milhões (R$ 1,6 bi).

Pagano cresceu em Greeley, Colorado, filho de um preparador de impostos e de uma assistente de biblioteca. Formou-se pela Universidade de Notre Dame em 1997 e obteve um mestrado em engenharia de petróleo pela Colorado School of Mines. Iniciou sua carreira na indústria de petróleo como operário em Prudhoe Bay, Alasca, depois atuou como geólogo na Bristol Bay Native Corporation do Alasca. (Ele é descendente de aleútes, povo indígena das Ilhas Aleutas.)

Trabalhou depois na Texaco, Chevron e Anadarko, perfurando poços de petróleo de xisto no Colorado. Em 2008, aos 33 anos, decidiu empreender por conta própria, inicialmente planejando arrendar campos de petróleo na região de Bakken, na Dakota do Norte, mas os preços da terra – que chegaram a milhares de dólares por hectare, com royalties de 20% e prazo de cinco anos – eram altos demais.

Observando outras tendências minerais no norte do Meio-Oeste, Pagano ficou fascinado com o potássio e intrigado com a pequena operação da Mosaic em Hersey. Por que não havia sido expandida? Apesar de sediada na Flórida, a Mosaic extrai quase todo o seu potássio em Saskatchewan, município canadense que é um dos maiores produtores de potássio do mundo.

Daí, a empresa o vende por meio da Canpotex (Canadian Potash Exporters), uma joint venture 50/50 com a gigante canadense de fertilizantes Nutrien (vendas de US$ 26 bilhões em 2024, ou R$ 143,7 bilhões). A Canpotex, junto da Belarusalki (Bielorrússia) e da Uralki (Rússia), compõe um oligopólio que controla mais de 70% da oferta global.

Após esgotar seus próprios recursos, Pagano arrecadou outros US$ 250 mil (R$ 1,3 milhão) com amigos e familiares em troca de 13% da empresa. Desde então, o único dinheiro externo que a Michigan Potash recebeu foi um subsídio de US$ 50 milhões (R$ 276,3 milhões) do departamento estadual de agricultura de Michigan em 2023 e outro novo subsídio de US$ 80 milhões (R$ 442 milhões) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que foram os recursos cruciais para concluir o processo de licenciamento.

Quando Pagano procurou inicialmente o Departamento de Energia (DOE) dos EUA em 2021, recebeu uma resposta fria e protocolar. A Michigan Potash era pequena e sem histórico. Mas ele e sua equipe insistiram e em 2025, com a guerra na Ucrânia em andamento, o DOE aprovou um empréstimo de US$ 1,3 bilhão (R$ 7,2 bilhões) por 15 anos.

Mas havia condições a cumprir: Pagano precisava levantar US$ 500 milhões (R$ 2,7 bi) em capital próprio e, para reduzir riscos, a construção seria terceirizada em contrato turnkey (preço fechado). “Agora [o DOE] parece genial”, diz Cory Christofferson, diretor de desenvolvimento da empresa.

Para extrair o potássio, Pagano usará uma forma de mineração por solução (ou in-situ). Poços de 2.400 metros de profundidade serão perfurados em pares. Um será o poço de injeção, por onde a empresa enviará água quente para dissolver o potássio e o sal no subsolo. O outro será o poço de produção; por ele, a solução retornará à planta de processamento para separação e secagem.

A água será reaproveitada, reaquecida e reinjetada. Na superfície, a mina será praticamente imperceptível e deverá se qualificar para créditos fiscais verdes. “Não há nada nesse projeto que tenhamos vergonha”, afirma o diretor de operações Aric Glasser. No total, a Forbes estima que os custos fiquem em cerca de US$ 140 por tonelada (R$ 774); o potássio hoje é vendido por cerca de US$ 350 a tonelada (R$ 1.930).

A gigante global Mosaic consegue produzir por menos, cerca de US$ 80 (R$ 440) por tonelada, mas os produtores rurais do Meio-Oeste americano ainda precisam arcar com outros US$ 80 por tonelada em custos de transporte ferroviário desde Saskatchewan, a 1.900 km de distância, além de quaisquer tarifas que o presidente Trump decida impor (atualmente 10% sobre potássio canadense).

A gigante agrícola ADM já concordou em comprar quase toda a produção anual de Pagano. A Mosaic havia lá atrás recusado as ofertas de Pagano para comprar parte ou toda a sua planta restante em Hersey e, citando altos custos, encerrou suas operações de potássio ali em 2013. Vendeu a operação restante de processamento de sal para a Cargill por US$ 55 milhões (R$ 304 milhões). “Eles achavam que não precisavam se preocupar com concorrência”, diz Christofferson.

Mas a invasão da Ucrânia por Vladimir Putin, em fevereiro de 2022, mudou essa percepção. A União Europeia proibiu a importação ou mesmo o trânsito de fertilizantes russos e bielorrussos. A China proibiu exportações de potássio para conservar o abastecimento interno. Os preços dispararam para US$ 1.200 por tonelada (R$ 6,6 mil). Para conter os custos, nem o presidente Biden nem Trump proibiram ou sancionaram o potássio russo.

Por isso, cada tonelada que Pagano conseguir fornecer internamente ao mercado dos EUA, deve liberar mais potássio para os mercados internacionais, incluindo a África Subsaariana, onde os produtores precisam desesperadamente de fertilizantes. “É preciso uma crise para tirar as pessoas da complacência”, diz Pagano. E é preciso um visionário destemido para desafiar um oligopólio.

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