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Por Ricardo Lima
A mineração é parte essencial da cadeia produtiva da construção civil, abastecendo desde o piso de casas até o concreto de grandes obras e a fabricação de insumos para automóveis e smartphones. Com o objetivo de aprofundar o debate sobre o tema, a Fiesp lançou nesta sexta-feira (15) o estudo inédito “Recursos Minerais para a Construção: Panorama Setorial Paulista”, que reúne dados e análises sobre a atividade mineral voltada ao setor da construção.
O levantamento mostra que o estado de São Paulo possui 776 empreendimentos ativos, responsáveis por mais de 150 milhões de toneladas de produção bruta anual de minérios e pela geração de mais de 13 mil empregos formais diretos. Além da relevância econômica, o estudo enfatiza o impacto social e ambiental da mineração, evidenciando sua função estratégica para o crescimento urbano e regional.
Mineração estratégica e desafios
O coordenador do Grupo de Trabalho de Mineração do Conselho Superior da Indústria da Construção (Consic) da Fiesp, Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio, ressaltou a importância dos minerais não metálicos, como areia, brita, calcário e argila: “Esses recursos constituem a base para atender às demandas crescentes de moradia e infraestrutura”.
Ele acrescentou: “Mais do que números, o estudo mostra o quanto essa atividade é estratégica para o crescimento urbano e regional”.
Apesar do desempenho positivo, o setor enfrenta desafios, como a informalidade e leis municipais que dificultam a mineração sustentável. Auricchio destacou: “Por meio do CadMinério, que é o Cadastro Estadual de Pessoas Jurídicas que comercializam produtos e subprodutos minerais, é possível reduzir a informalidade”.
Ele ainda apontou outro entrave: “Alguns municípios expulsam a atividade mineradora de seu território, e geram impactos econômicos e sociais significativos. Defendemos que a regulação seja regional ou estadual, evitando extremos de centralização federal ou municipalização total”.

Sustentabilidade como parte do negócio
Para a diretora da Divisão da Cadeia Produtiva da Mineração (Comin) da Fiesp, Sandra Maia de Oliveira, a mineração moderna integra produção e responsabilidade ambiental: “Hoje, temos empresas investindo em recuperação de áreas, uso racional de água, eficiência energética e gestão de resíduos”.
Ela reforçou a necessidade de integrar a atividade às políticas públicas de desenvolvimento: “A mineração moderna entende que cuidar do meio ambiente é a parte essencial do negócio e não obstáculo do seu desenvolvimento”.
O estudo completo da Fiesp está disponível para consulta e detalha dados sobre produção, empregos e perspectivas do setor no estado de São Paulo.