Os Estados Unidos ampliaram suas reivindicações no fundo do oceano, dobrando a área da Califórnia, em uma busca por direitos sobre leitos marinhos potencialmente ricos em recursos. Isso ocorre em meio aos esforços dos EUA para garantir minerais essenciais para tecnologias futuras.
A Plataforma Continental Alargada agora abrange cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados, predominantemente no Ártico e no Mar de Bering. O Departamento de Estado dos EUA destaca que o desenvolvimento está relacionado à geografia, não apenas a recursos.
A área estratégica, compartilhada com Canadá e Rússia, envolve tanto o Atlântico quanto o Pacífico, abrangendo o Golfo do México. A medida visa garantir soberania sobre o fundo do mar, importante para mineração, arrendamento de petróleo e gás, e cabos submarinos.
Especialistas apontam a relevância estratégica da expansão, enquanto o governo dos EUA busca acesso a minerais cruciais, necessários para baterias de veículos elétricos e energias renováveis. O Ártico aquece rapidamente, aumentando a pressão para equilibrar a busca por recursos e a proteção ambiental.
A plataforma continental dos EUA contém diversos minerais, incluindo lítio e telúrio. Com mais de 50 minerais duros e 16 elementos de terras raras, a área tem potencial significativo. No entanto, a exploração offshore ainda é largamente inexplorada.
A decisão de delinear unilateralmente os limites da plataforma continental pode gerar preocupações internacionais, pois os EUA não ratificaram a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. A medida busca garantir soberania e acesso a recursos estratégicos em um contexto global competitivo.