Um estudo lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Ministério de Minas e Energia (MME) destacou a importância da cadeia produtiva da economia mineral no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Nos últimos anos, essa participação variou entre 2,5% e 4%, representando um valor estimado entre R$ 150 bilhões e R$ 340 bilhões em 2021.
O levantamento ressalta que a mineração de ferro e a siderurgia são os principais impulsionadores dessa economia, destacando mudanças na importância relativa desses setores ao longo do tempo. A demanda final, incluindo manufatura, construção civil e extração mineral, é crucial para ativar a produção econômica da cadeia produtiva.
Utilizando uma metodologia abrangente, desde a extração até a utilização dos produtos finais, o estudo aborda desafios na mensuração devido à complexa interconexão entre os setores. Isso é particularmente relevante na mineração, onde divergências de dados geram debates sobre políticas de crescimento econômico e proteção ambiental.
A pesquisa adotou uma metodologia de cálculo mais criteriosa, baseada na técnica de Matriz Insumo-Produto (MIP), proporcionando uma visão consolidada da cadeia produtiva e uma metodologia aplicável a outras áreas. Rafael Leão, um dos autores, destaca que a abordagem convencional do PIB foi ajustada para capturar a complexa interconexão entre diferentes setores.
O secretário Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Vitor Saback, enfatizou a importância do estudo, destacando que agora há um método para um levantamento centralizado dos dados do setor mineral, essencial para interpretação e resolução de desafios, visando uma mineração social, sustentável e segura. O estudo faz parte das ações decorrentes de um termo de execução descentralizada entre o Ministério e o Ipea, visando mapear e diagnosticar o setor de mineração brasileiro.
Acesse o estudo em: https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/12702