Por Redação
O encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, foi recebido pelo diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, na tarde desta 3ª feira (28/10), para discutir uma articulação inédita envolvendo o governo dos EUA, a indústria da mineração brasileira e o governo do Brasil, de modo a canalizar investimentos norte-americanos em projetos de produção de minerais críticos e estratégicos em território nacional. O encontro ocorreu na EXPOSIBRAM 2025, em Salvador (BA), maior evento da mineração da América Latina.
A participação do governo brasileiro neste grupo de trabalho ainda será tratada diretamente com as autoridades do país pela embaixada dos EUA e pelo IBRAM. Enquanto isso, o IBRAM irá prospectar, junto às mineradoras associadas, oportunidades de investimento na produção mineral que poderão contar com eventuais aportes de capital dos EUA, via instituições de fomento. “De nossa parte, daremos sequência aos temas relacionados diretamente ao setor privado da mineração do Brasil. Já as relações entre os países serão tratadas diretamente com representantes de ambos os governos”, disse Jungmann.
O dirigente do IBRAM está otimista com esta proposta ainda em construção, já que irá atrair investimentos vultosos ao Brasil e dinamizar negócios, empregos e renda nas diversas cadeias produtivas relacionadas à indústria da mineração nacional. Novos encontros serão agendados entre representantes dos EUA e a mineração brasileira, disse Jungmann. Um deles irá acontecer no início de dezembro, nos Estados Unidos, com órgãos de governo e empresários daquele país, por iniciativa da embaixada brasileira nos EUA e o IBRAM irá participar.
Segundo Raul Jungmann, Gabriel Escobar disse que seu governo tem interesse em parceiras com o Brasil em projetos envolvendo minerais críticos – como terras raras – para infraestrutura, energia e defesa. Escobar deixou claro que os recentes encontros entre os presidentes e outras autoridades federais de EUA e Brasil serviram para abrir caminho para que esta articulação possa se concretizar. “O foco dessa parceria sobre a qual falamos hoje é estritamente econômica”, esclareceu Raul Jungmann.
Os acordos comerciais resultantes dessa negociação podem ser semelhantes ao firmado entre EUA e Austrália em torno de minerais críticos, incluindo o minério gálio, de modo a fortalecer as cadeias de fornecimento na Austrália com capital norte-americano e reduzir a dependência da China.
As condições que nortearão os futuros acordos comerciais envolvendo minerais críticos e estratégicos ainda serão definidas, sendo que, para isso, será fundamental a participação do governo brasileiro, informa o IBRAM. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou a Raul Jungmann que irá à EXPOSIBRAM nesta 5ª feira (30/10) e ambos conversarão sobre os temas tratados com Gabriel Escobar.
Também participaram da reunião o vice-presidente do IBRAM, Fernando Azevedo, e o diretor de Sustentabilidade, Rinaldo Mancin. Gabriel Escobar foi acompanhado de outros integrantes da embaixada dos EUA.













