por Fernando Moreira de Souza
Revisão das estimativas e impactos no setor
O Citi atualizou suas projeções para as empresas de mineração e siderurgia, ajustando as recomendações e preços-alvo das principais companhias do setor. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) teve seu preço-alvo reduzido de R$ 12,50 para R$ 9,50, refletindo um potencial de desvalorização de 2,1% em relação ao fechamento do pregão anterior. No entanto, a recomendação neutra foi mantida.
Contexto e desafios para 2025
Os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott destacaram, em relatório, que a revisão decorre de uma projeção de queda de 7% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa em 2025, estimado agora em R$ 10,8 bilhões. O cenário desafiador previsto para o próximo ano se deve ao crescimento econômico doméstico lento, à imposição de tarifas nos EUA e ao enfraquecimento do mercado de aço e minério de ferro na China.
Impacto nas projeções da CSN Mineração
A CSN Mineração (CMIN3) também deve enfrentar um recuo no Ebitda ajustado, estimado em 12%, totalizando R$ 5,1 bilhões. Esse ajuste ocorre principalmente devido à perspectiva de preços mais baixos para o minério de ferro. Com isso, o preço-alvo das ações foi reduzido de R$ 5,50 para R$ 5, o que ainda representa um potencial de valorização de 6,8% em relação ao fechamento de segunda-feira (3). A recomendação neutra foi mantida.
Gerdau mantém estabilidade e segue como aposta do Citi
Para a Gerdau (GGBR4), o banco projeta um 2025 mais estável, com um Ebitda ajustado de R$ 11,5 bilhões. Esse desempenho será sustentado pela desvalorização do real frente ao dólar, compensando assim a redução das margens da empresa. Diante desse cenário, o Citi mantém sua recomendação de compra para as ações da companhia, estabelecendo um preço-alvo de R$ 24,50, o que indica um potencial de valorização de 40,16% em relação ao fechamento anterior.
Companhia Brasileira de Alumínio: expectativa positiva
A Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) apresenta projeções otimistas para 2025, com um Ebitda ajustado de R$ 1,8 bilhão, representando um crescimento de 11%. Esse avanço será impulsionado principalmente pela desvalorização do real. O Citi elevou o preço-alvo das ações da empresa de R$ 9 para R$ 10, o que representa um potencial de valorização de 89% em relação ao último fechamento. Assim, a recomendação de compra foi mantida.
Com essas atualizações, o Citi reafirma sua visão sobre o setor, destacando que, apesar dos desafios, algumas empresas seguem bem posicionadas para capturar oportunidades de valorização.