A China, líder global no processamento de terras raras, anunciou a proibição da exportação de tecnologia para extração e separação desses metais críticos. Essa medida intensifica os esforços chineses para manter o controle sobre esses recursos estratégicos, cruciais na fabricação de ímãs para veículos elétricos, turbinas eólicas e eletrônicos.
Os países ocidentais, buscando independência em operações de processamento de terras raras, serão impactados, especialmente na categoria de “terras raras pesadas”, essenciais em veículos elétricos, dispositivos médicos e armamento, onde a China possui praticamente um monopólio.
A adição da tecnologia ao “Catálogo de Tecnologias Proibidas e Restritas de Exportação” visa, segundo o Ministério do Comércio chinês, proteger a segurança nacional e os interesses públicos.
Esta proibição faz parte de uma série de regras mais rígidas implementadas pela China nas exportações de minerais críticos, num contexto de crescente competição com o Ocidente por esses recursos. Países como EUA e Europa buscam reduzir a dependência da produção chinesa, que representa quase 90% da produção global refinada de terras raras.
A China, detentora da expertise em processos de extração, impõe desafios técnicos e ambientais às empresas ocidentais. A proibição também abrange a exportação de tecnologia de produção de metais de terras raras e materiais de liga, além de tecnologia para preparação de alguns ímãs de terras raras.
Empresas ocidentais, como a Ucore Rare Metals, buscam novas tecnologias para superar a dependência chinesa. O impacto dessa proibição pode ser mais significativo na capacidade de separação de terras raras pesadas fora da China, segundo especialistas.
A dependência global da China nessas áreas sensíveis destaca a necessidade urgente de desenvolvimento de tecnologias alternativas para evitar vulnerabilidades geopolíticas.