Como objetivo de fomentar novas aplicações de Nióbio no mercado global, a CBMM está reforçando seus investimentos em tecnologia e desenvolvimento de processos e produtos. A empresa deseja aumentar a inserção de Nióbio em segmentos relevantes como construção, infraestrutura e mobilidade.
Através do desenvolvimento de novas aplicações, impulsionando inovações nos setores de baterias e armazenamento de energia, nano materiais e eletroeletrônicos, a companhia atua em linha com as tendências mundiais de eletrificação, urbanização, digitalização, sustentabilidade. Além disso, a CBMM apresenta ao mercado sua aspiração de zerar as emissões de carbono em seu complexo industrial em Araxá, Minas Gerais, até 2040.
CBMM foca em expandir uso do Nióbio
Para suportar a estratégia de ampliação do mercado de Nióbio, os aportes no Programa de Tecnologia avançaram mais de 30% em 2022. Foi investido, ao todo, R$ 260 milhões. De acordo com a CBMM, os investimentos devem crescer em 2023 para R$ 340 milhões.
Deste montante, apenas para a frente de baterias de íons de lítio, a CBMM destinou, em 2022, um total de R$ 72 milhões. O valor é 30% superior ao realizado em 2021. Em 2023, os investimentos que visam acelerar novos desenvolvimentos em materiais para baterias devem chegar a R$ 94 milhões.
Conforme comunicado, a CBMM trabalha para ter 25% de sua receita proveniente de novos segmentos, mantendo o mercado siderúrgico como seu core business. A companhia anunciou, em 2022, o investimento de US$ 80 milhões na expansão de toda a sua linha de produção de óxido de Nióbio visando o mercado de baterias. Entre outras coisas, a empresa planeja construir uma nova planta em seu complexo industrial em Araxá, Minas Gerais. A nova planta, que deve entrar em operação em 2024, terá capacidade produtiva de 3.000 toneladas de óxido de Nióbio para baterias, para aplicações em tecnologias de carregamento ultrarrápido e seguro, de alta potência e maior vida útil.
Atualmente, a CBMM tem uma capacidade produtiva de 150 mil toneladas de produtos de Nióbio por ano. De acordo com a empresa, este nível é superior à atual demanda do mercado global.
Neutralidade de Carbono
Além de desenvolver, produzir e comercializar produtos de Nióbio, a CBMM estabeleceu ações internas para apoiar sua aspiração de zerar emissões de carbono em Araxá.
A companhia disse que já possui ações consolidadas que serão ampliadas nos próximos anos. Atualmente, 100% da energia elétrica consumida pela CBMM é proveniente de fontes renováveis.E, considerando a aquisição de Certificados de Energia Renovável (RECs), a emissão de gases de efeito estufa relacionada já é zero.
Em relação a emissão direta de CO2, o número atual da Companhia é de 0.6t de CO2 por tonelada de Ferronióbio produzido.
Além da redução de emissões de carbono, o plano de sustentabilidade prevê a manutenção do impacto positivo de conservação de fauna e flora do bioma do Cerrado, por meio do Centro de Desenvolvimento Ambiental da CBMM, também localizado em Araxá. Desde sua fundação, em 1986, já passaram pelo criadouro conservacionista mais de 2.400 animais, muitos deles ameaçados de extinção.