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por Fernando Moreira de Souza
A montadora chinesa BYD revelou, nesta segunda-feira (17), uma nova tecnologia que reduz drasticamente o tempo de carregamento de baterias de carros elétricos, equiparando-o ao tempo de abastecimento de um veículo a combustível. Com apenas cinco minutos na tomada, a autonomia alcançada é de 470 quilômetros.
O avanço estará disponível a partir de abril nos modelos Han L e Tang L, com preços variando entre US$ 37 mil e US$ 39 mil no mercado chinês. O desempenho supera o da infraestrutura de carregamento rápido da Tesla, que proporciona 275 quilômetros de autonomia em dez minutos.
O lançamento impulsionou as ações da BYD a um recorde na Bolsa de Hong Kong, elevando seu valor de mercado para US$ 158 bilhões. Fabricantes de automóveis têm investido significativamente na redução do tempo de recarga de baterias, um dos principais entraves para a adoção de veículos elétricos.
Recentemente, a Mercedes-Benz apresentou um sedã elétrico capaz de carregar 325 quilômetros de autonomia em dez minutos, demonstrando a intensa disputa no setor.
Estrutura e expansão da tecnologia
O novo sistema da BYD é composto por baterias de última geração, postos de carregamento avançados, um motor de 30 mil rotações e chips de carboneto de silício, capazes de suportar tensões mais elevadas. A tecnologia inclui canais de íons de ultra-alta velocidade que reduzem a resistência interna em 50%, acelerando a absorção de energia.
A montadora afirma que seu sistema é o mais rápido do mundo, com uma taxa média de carregamento de dois quilômetros por segundo e potência de até 1 megawatt. Inicialmente, a infraestrutura será implementada apenas na China, com a construção de quatro mil estações de recarga.
Apesar de sua liderança no mercado chinês, a BYD busca expandir sua presença em outros países, como o Brasil. A montadora planeja iniciar, ainda este ano, a produção local em Camaçari (BA), onde fabricará um modelo híbrido movido a etanol.