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Por Redação
O Brasil voltou a comprar ouro em setembro de 2025, encerrando um hiato de quatro anos sem aquisições do metal. A compra, registrada em relatório ao FMI e divulgada pelo World Gold Council, adicionou 15 toneladas às reservas brasileiras, que passaram a totalizar 145 toneladas ao fim do terceiro trimestre, segundo informações da Exame.
A retomada brasileira ocorre em um momento de forte expansão da demanda global por ouro, impulsionada pela busca de proteção financeira e geopolítica por parte dos bancos centrais. Com isso, o país volta a se alinhar ao movimento internacional de reforço das reservas metálicas.
Redução da dependência do dólar
A decisão do Banco Central de ampliar a reserva em ouro acompanha um movimento global de diversificação das reservas internacionais. De acordo com o World Gold Council, os bancos centrais compraram 220 toneladas do metal no terceiro trimestre de 2025. No ano, o volume acumulado chegou a 634 toneladas, nível ainda elevado em comparação aos padrões anteriores a 2022. O objetivo comum é reduzir a exposição ao dólar e fortalecer mecanismos de proteção diante de incertezas econômicas.
Países emergentes lideram as compras
O Brasil foi o segundo país emergente que mais comprou ouro no trimestre, com 15 toneladas — atrás apenas do Cazaquistão, que adicionou 18 toneladas. Em seguida aparecem Turquia (7 toneladas) e Guatemala (6 toneladas). No acumulado de 2025, a Polônia lidera com 67,1 toneladas, seguida pela China (24 toneladas). Mesmo tendo realizado apenas uma operação no ano, o Brasil ocupa o sétimo lugar no ranking global.
Alta recorde do metal não freia a demanda
O preço do ouro disparou cerca de 50% em 2025, ultrapassando US$ 4 mil por onça troy, mas isso não reduziu o apetite dos bancos centrais. Para o World Gold Council, a compra continua sendo vista como uma estratégia de segurança diante de riscos financeiros, tensões geopolíticas e volatilidade cambial.
Projeção otimista para 2026
A tendência deve continuar. O Goldman Sachs projeta que os bancos centrais manterão o ritmo de compras em 2026, acompanhados por investidores institucionais e individuais. Em setembro, as compras globais somaram 64 toneladas, ante 21 toneladas em agosto.
Apesar de uma retirada de US$ 1,2 bilhão em ETFs de ouro no mês, o investimento total no ano já supera US$ 41 bilhões. Para a analista Lina Thomas, ouvida pelo Barron’s, o metal deve seguir atraindo investidores de alto patrimônio.










