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Por Ricardo Lima
O Brasil ampliou sua presença na economia verde global ao registrar um salto de 41,6% no faturamento com minerais críticos e estratégicos (MCEs) no primeiro semestre de 2025. Foram R$ 21,6 bilhões, frente a R$ 15,2 bilhões no mesmo período de 2024. Esses minerais são essenciais para tecnologias como baterias, ímãs e ligas usadas na transição energética. Informações segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Mineração.
As exportações também cresceram, somando US$ 3,64 bilhões, alta de 5,2% em relação aos US$ 3,46 bilhões de 2024. Em volume, o crescimento foi mais modesto: de 3,57 para 3,58 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 0,2%. Os dados reforçam o papel estratégico do Brasil na oferta de insumos para a economia de baixo carbono.
O país lidera mundialmente em reservas e produção de nióbio (1º lugar), além de se destacar em grafita (4º em produção, 2º em reservas), vanádio, alumínio, cromo e lítio. Também ocupa boas posições em níquel (8º em produção, 3º em reservas), terras raras (11º e 2º), e titânio (16º e 4º). Já em cobre, apesar da 12ª posição em reservas, o Brasil é apenas o 14º produtor global.
Segundo o IBRAM, o potencial para atrair investimentos estrangeiros e agregar valor por meio do processamento local é elevado. Estão previstos US$ 18,45 bilhões em investimentos até 2029 na produção de MCEs. O setor, no entanto, ainda carece de uma política pública clara para acelerar a industrialização e ocupar espaço em cadeias globais de tecnologia.
O IBRAM alerta que a criação de políticas específicas é urgente para garantir competitividade e soberania sobre recursos cada vez mais disputados no cenário internacional. Com base em sua posição privilegiada em reservas, o Brasil tem a chance de se tornar um dos principais fornecedores mundiais da nova economia.