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Por Redação
Durante o Invest Mining executivos debateram desafios dos projetos de minerais críticos no país. O moderador do painel Júlio Nery, diretor do IBRAM, abriu o debate destacando a relevância das empresas presentes. Ele enfatizou a necessidade de um ambiente mais favorável para a industrialização no Brasil.
“Não basta vontade política, é necessário criar um ambiente mais amigável para a industrialização”, disse. Nery alertou para o fato de que as indústrias brasileiras estão sofrendo e perdendo participação no PIB, o que exige um olhar atento para avançar nas cadeias produtivas essenciais à mineração e aos setores associados.
Em sua fala, o diretor da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), Leandro Faria, falou sobre o papel do alumínio na transição energética. Ele destacou o metal como um grande condutor de eletricidade, infinitamente reciclável, durável e resistente”, ressaltando sua importância para o mercado automotivo na redução de peso e consumo.
Faria explicou que a atuação da CBA, que em 2025 completa 70 anos, se sustenta em quatro pilares, entre eles “crescimento competitivo baseado na atuação social e ambiental responsável, governança sólida, transformação digital e parcerias estratégicas”.

Importância do lítio
A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), líder mundial em nióbio, foi representada no evento pelo seu diretor executivo, Rodrigo Amado, que em sua fala destacou a importância estratégica do mineral para a indústria siderúrgica e para as baterias de lítio, que vêm ganhando espaço em veículos elétricos e data centers.
A empresa, segundo ele, está comprometida com a neutralidade de carbono até 2040. “A redução de emissões com carregamento elétrico vai ao encontro do nosso compromisso ESG”. Amado pontuou ainda o potencial do nióbio em soluções para a mobilidade urbana e transporte sustentável.
Em seguida, o crescimento sustentável dos minerais essenciais para a transição energética, como cobre, níquel, cobalto e metais do grupo da platina, foi abordado pelo diretor da Vale Metais Básicos, Fabio Brando. No campo socioambiental ele elencou metas claras para a redução de emissões e ações ambientais e sociais nas regiões onde a empresa opera, apontando, como exemplo, a atuação na Floresta Nacional de Carajás.
“As minas ocupam apenas 3% da área, sendo que 97% são protegidos, em parceria com órgãos ambientais”, afirmou. O executivo ainda chamou a atenção para o potencial da empresa na produção de cobre, cujas metas são de 700 mil toneladas entre 2030 e 2035.
Apoio financeiro
Os desafios e as oportunidades do setor mineral brasileiro foram o tema da fala do presidente da Geosol, João Luiz de Carvalho, que alertou para a necessidade de entendimento e apoio financeiro e institucional para o setor mineral. “O Brasil tem uma oportunidade imensa no setor mineral, com uma infraestrutura que pode crescer muito, mas precisa de incentivos fiscais para que a atividade seja sustentável economicamente”.
Carvalho ressaltou a crescente demanda global por minerais críticos e a escassez prevista, enfatizando a importância do Plano Nacional dos Minerais Críticos e Estratégicos para alavancar o potencial brasileiro.
O tema central da segunda edição do evento destacou “A importância econômica da mineração no cenário de transição energética”. A programação do evento contemplou uma série de painéis que abordaram o desenvolvimento das cadeias de minerais críticos no país, os projetos estratégicos em andamento, os desafios para implantação de empreendimentos e os mecanismos disponíveis de financiamento voltados ao setor mineral. Também serão debatidas soluções para alavancar o papel do Brasil na produção e fornecimento de minerais essenciais à nova economia de baixo carbono.
O Invest Mining Summit 2025 tem o patrocínio de empresas e entidades de destaque no cenário mineral e financeiro, entre elas: BHP, Itaú BBA, Vale, Geosol, Fronteira Minerals, Meteoric Resources, Alvarez & Marsal, Lefosse Advogados, MGLIT, GE21 Consultoria Mineral, Ígnea Geologia e Meio Ambiente, Ore Mining Investments, Viridis, Mining Minerals, Tozzini Freire Advogados, XP Investimentos e Prisma Capital.