por Fernando Moreira de Souza
Por mais de seis anos a Bemisa tem investido em pesquisas geológicas e metalúrgicas, assegurando a viabilidade técnica, econômica e socioambiental do projeto Água Azul, que fica em uma área de 6.500 hectares com mineralização aurífera, distribuída em quatro direitos minerários, situada a cerca de 180 km a sudoeste de Parauapebas, próxima ao distrito polimetálico de Carajás.
A Bemisa realizou no final de 2024 uma audiência pública para obter licença de expansão em 200 mil toneladas por ano na sua produção, que foi comissionada em 2023, com capacidade de processamento anual de 100.000 toneladas de Run of Mine. Hoje a planta-piloto opera com capacidade de processar 150 mil toneladas de minério ao ano.
A Bemisa pretende elaborar um Relatório de Reservas no primeiro trimestre de 2025, assim que concluir os trabalhos de pesquisa, pois as estimativas de recursos consideram apenas sondagens realizadas em seis dos doze alvos do projeto, tornando evidente o grande potencial geológico a ser explorado.
Uma característica que garante uma operação segura de rejeitos, com baixo risco de drenagem ácida, possibilidade de beneficiamento com baixo consumo de cianeto e alta recuperação metalúrgica, é a baixa sulfetação praticamente isento de contaminantes ambientais indesejáveis, como arsênio e chumbo no minério de Água Azul.
A operação adota um sistema de filtragem e empilhamento a seco, assim não necessita utilizar as barragens de rejeitos. A operação é feita com circuitos de britagem, moagem, concentração gravimétrica, CIL (Carbon In Leach), eletrodeposição e fundição, os rejeitos passam por um processo de Detox para recuperação de cianeto, sendo posteriormente filtrados em uma bateria de filtros-prensa e encaminhados para a área de deposição e a planta atinge uma taxa de recuperação de até 93%.