por Fernando Fortuna
De acordo com os números da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), o consumo de produtos de alumínio cresceu 12,1% entre janeiro e setembro de 2024 e registrou um volume de 1,225 milhão de toneladas e teve o quarto trimestre consecutivo de crescimento. Em 2023, o volume registrado foi de 377,9 mil toneladas no mesmo período. Os segmentos de embalagens, transportes, eletricidade, construção civil e bens de consumo registraram alta na comparação com os primeiros nove meses do ano passado e impulsionaram o consumo de alumínio interno em 2024.
O alumínio é o material preferido para fios e cabos elétricos, graças à sua alta condutividade e menor peso em comparação a outros metais. Por conta da expansão da distribuição de energia e à expectativa de grandes investimentos em novas linhas de transmissão, o segmento de eletricidade registrou um crescimento de 16,6% no período, impulsionado pelo aumento da demanda por cabos elétricos. Uma maior concessão de crédito para o mercado habitacional e pela retomada de projetos imobiliários financiados pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) foi responsável pelo acréscimo de 14,9% na demanda da construção civil. Propriedades de durabilidade e leveza tem favorecido o uso do alumínio em fachadas, esquadrias e sistemas de ventilação, sendo mais sustentáveis e eficientes.
Seguindo os passos do aquecimento da economia doméstica nos primeiros nove meses do ano, o mercado de embalagens registrou um crescimento de 11,7%. Os Bens de consumo tiveram acréscimo de 10,3%, por conta da recuperação da produção doméstica de eletroeletrônicos e eletrodomésticos. Os transportes aumentaram 9,4%, devido a forte produção de caminhões, carrocerias de ônibus e implementos rodoviários, atendendo à crescente demanda do mercado. Máquinas e equipamentos teve alta de 12,1%. “O crescimento do índice de consumo doméstico de alumínio no país por quatro trimestres consecutivos confirma o viés de retomada do setor. Projetamos cautelosamente um fechamento de 2024 positivo após dois anos de um ciclo de queda moderada para a nossa indústria”, de acordo com Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL. A expectativa positiva se baseia no cenário macroeconômico doméstico. “A evolução da taxa de investimentos no mercado interno, a recuperação do mercado de trabalho e dos níveis de geração de renda, na melhoria do ambiente de crédito, além do aumento dos indicadores de confiança dos agentes da indústria em geral provoca confiança neste sentido”, concluiu Donas.