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por Fernando Moreira de Souza
A mineradora AngloGold Ashanti registrou uma produção global de 2,66 milhões de onças de ouro em 2024, um avanço significativo em relação ao ano anterior. Na América Latina, as operações somaram 526 mil onças, sendo 351 mil provenientes do Brasil. No país, 271 mil onças foram extraídas das Operações Cuiabá, em Sabará e Caeté (MG), enquanto as Operações Serra Grande, em Crixás (GO), responderam por 80 mil onças.
No quarto trimestre de 2024, a produção nacional atingiu 97 mil onças. Em paralelo, na Argentina, a Operação Cerro Vanguardia contribuiu com 175 mil onças ao longo do ano e 47 mil onças no último trimestre. Os resultados financeiros também foram expressivos: o lucro global alcançou US$ 942 milhões, e o Ebitda Ajustado apresentou um salto de 93%, atingindo US$ 2,75 bilhões.
O CEO global da companhia, Alberto Calderon, destacou a importância das melhorias operacionais e da eficiência para o crescimento do fluxo de caixa livre, que se aproximou de um bilhão de dólares em 2024. “O fortalecimento do balanço patrimonial e a estratégia de investimentos nos permitem oferecer uma política de dividendos mais vantajosa aos acionistas”, afirmou.
Expansão e inovações operacionais
No Brasil, um dos principais marcos de 2024 foi a retomada do beneficiamento de ouro no Complexo Industrial do Queiroz, em Nova Lima (MG). Cerca de R$ 25 milhões foram investidos na requalificação das estruturas e modernização dos processos produtivos, reforçando o compromisso com a sustentabilidade. O reinício das atividades impulsionou a economia local, gerando mais de 230 postos de trabalho diretos, dos quais aproximadamente 50% foram destinados a mulheres.
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“Tivemos em 2024 um ano de resultados muitos sólidos em todas as nossas operações, tendo como base a segurança e a sustentabilidade. Esse sucesso foi alcançado por meio de um controle rigoroso dos custos, excelência operacional e, acima de tudo, pela transformação cultural com um time plenamente engajado com a alta performance em todas as nossas áreas”, ressalta o presidente da AngloGold Ashanti na América Latina, Marcelo Pereira.
Outra iniciativa inovadora foi a adoção da jornada de trabalho reduzida, implementada no escritório administrativo de Nova Lima, com expediente de quatro dias e três de descanso. Para as equipes subterrâneas, a mineração também passou a operar no regime 4×4 (quatro dias de trabalho seguidos por quatro de descanso), um modelo aprovado unanimemente pelos empregados.
Sustentabilidade e perspectivas para 2025
A AngloGold Ashanti avança na meta de zerar as emissões líquidas de Gases de Efeito Estufa (GEE) nos escopos 1 e 2 até 2050. Desde 2021, a redução de emissões de carbono alcançou 52%. Em 2024, a empresa também introduziu a primeira carregadeira subterrânea 100% elétrica em operação no Brasil, reafirmando seu compromisso com soluções sustentáveis.
Outro destaque foi o projeto “Nova Vila”, que recebeu licença ambiental para o fechamento das minas Velha e Grande, em Nova Lima (MG). A iniciativa prevê a transformação de uma área de 260 mil m² em um complexo com centros culturais, comércio, moradias e espaços de convivência, destinando 25% da área à preservação da Mata Atlântica.
Com 190 anos de atuação no Brasil, a AngloGold Ashanti se consolidou como uma das principais mineradoras do país, operando em Minas Gerais e Goiás. A empresa, listada nas bolsas de Nova Iorque, Joanesburgo e Gana, segue investindo em tecnologia e segurança para uma mineração mais eficiente e de menor impacto ambiental.
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