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Por Ricardo Lima
De acordo com matéria publicada pela Reuters, o empresário norte-americano James Cameron apresentou uma proposta de compra no valor de US$ 5 bilhões pela Eurasian Resources Group (ERG), uma das maiores companhias de mineração do Cazaquistão. A informação consta em uma carta enviada por Cameron ao conselho da empresa, que se prepara para ampliar sua atuação na produção de minerais estratégicos.
Com sede em Luxemburgo, o ERG atua na extração de cobre, cobalto, alumínio e minério de ferro. Cerca de 40% do grupo pertence ao governo cazaque. Apesar da carta com a oferta, a empresa negou oficialmente que haja negociações em curso para a venda. A ERG também possui atuação no Brasil por meio da Bamin (Bahia Mineração), empresa cuja venda está em negociação.
Empresa nega tratativas
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, a companhia afirmou que não existe qualquer tipo de negociação sobre a venda do grupo.
A empresa declarou “Em resposta a diversas especulações da mídia nas últimas semanas, incluindo publicações sobre uma proposta do Sr. James Cameron para comprar o Eurasian Resources Group (ERG), o Sr. Shukhrat Ibragimov, presidente do Conselho de Administração do ERG e diretor executivo da empresa, declarou que não há negociações em andamento para a venda do ERG. Ele afirmou que a gestão da companhia está totalmente comprometida com o desenvolvimento consistente e sustentável do Grupo.”
Apesar da negativa, fontes próximas ao assunto indicam que conversas informais entre Cameron e a empresa estariam ocorrendo desde o fim do ano passado. O empresário norte-americano, que não tem relação com o cineasta homônimo, já presidiu o conselho da Petropavlovsk, uma mineradora anteriormente listada no índice FTSE 250.
Contexto geopolítico favorece interesse
O interesse na ERG se intensificou após o grupo anunciar, no ano passado, a criação de uma força-tarefa para explorar jazidas de terras e metais raros no Cazaquistão. Esses materiais têm ganhado destaque estratégico, especialmente após os Estados Unidos intensificarem a busca por alternativas à dependência da China, no contexto da guerra comercial entre os dois países.
A carta de Cameron, à qual a Reuters teve acesso, revela que o banco Goldman Sachs está envolvido nas tratativas iniciais para estruturar a operação. Nem o empresário norte-americano nem o governo cazaque comentaram o caso até o momento.