A Alcoa, uma das principais produtoras de alumínio do país, está empenhada em alcançar a meta de emissões zero até 2050 e já investiu R$ 1,3 bilhão nos últimos dois anos em projetos com fontes de energia renovável. Esses investimentos foram realizados nas unidades da Alumar, no Maranhão, e em Poços de Caldas, Minas Gerais.
Os investimentos da Alcoa são resultado do compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). A empresa está empenhada em substituir o uso de combustíveis fósseis em suas operações, contribuir para o combate às mudanças climáticas e se tornar uma referência global na produção sustentável de alumínio.
Unidade Alumar – Alcoa
Na unidade da Alumar, por exemplo, a produção de alumínio com energia renovável e baixa emissão de carbono já é uma realidade desde o religamento do Smelter em abril de 2022. Com um investimento de R$ 1 bilhão, o equipamento funciona completamente com energia renovável.
Além disso, a unidade substituiu o uso de diesel nos fornos de cozimento de anodos pelo Flex Gás, o que reduziu em cerca de 30% as emissões de carbono. Essa redução permite que a Alumar entregue alumínio verde para seus clientes. A unidade também produz alumina SGA (Smelter Grade Alumina) com menor teor de carbono, certificada com o selo EcoSource Sustana.
Poços de Caldas
Enquanto isso, em Poços de Caldas, a Alcoa realizou a conversão das caldeiras movidas a combustíveis fósseis para gás natural. Além disso, caldeiras elétricas foram utilizadas para substituir parcialmente as caldeiras a gás, resultando em uma redução de 5,6 vezes nas emissões de carbono.
A unidade em Poços de Caldas é a única refinaria da Alcoa no mundo dedicada exclusivamente à produção de aluminas NMA (Non-Metallurgical Alumina), também certificadas como EcoSource, que são utilizadas em diversos setores, como construção civil, indústria de vidros e tratamento de água.
A Alcoa também inaugurou em Poços de Caldas a primeira planta de filtração no Brasil em novembro de 2022. Com um investimento de R$ 330 milhões, o filtro-prensa compacta os resíduos de bauxita da produção, eliminando 70% da umidade e reduzindo a necessidade de grandes áreas para o descarte. A água recuperada é reutilizada no processo de produção da refinaria, reduzindo o consumo de energia e as emissões de carbono.
Transição energética
Esses investimentos fazem parte de uma estratégia integrada de transição energética da Alcoa, que beneficia não apenas seus clientes, mas também a indústria do alumínio como um todo. A Alcoa vende bauxita para o mercado interno e é a maior fornecedora de alumina para o mercado externo.
Com essas medidas sustentáveis, a matéria-prima é transformada em componentes para automóveis, celulares, veículos elétricos, embalagens de alimentos, produtos médicos e outros, com uma pegada de carbono reduzida.
“O futuro do alumínio está em investir em fontes renováveis, otimizar a extração de bauxita e todo o processo de produção. Envolve também inovação, melhorias tecnológicas que nos permitem aumentar a produção, reduzir as emissões de carbono e investir em processos com menor impacto ambiental”, afirmou Otávio Carvalheira, CEO da Alcoa no Brasil.
As iniciativas da Alcoa também têm impacto global na indústria do alumínio. O roadmap tecnológico da empresa, anunciado em 2021, investe em projetos capazes de transformar o setor em direção a um futuro mais sustentável.
Um desses projetos é a Refinaria do Futuro, um modelo de negócio que reduz os custos de capital no desenvolvimento de uma refinaria e permite a descarbonização do processo de refino de alumina, com zero emissões de gases de efeito estufa. Novas tecnologias em desenvolvimento, como a recompressão mecânica de vapor e a calcinação elétrica, combinadas com uma cadeia de valor descarbonizada, vão revolucionar a produção de alumina.