A Alcoa está prestes a adquirir a Alumina em uma transação de ações avaliada em US$ 2,2 bilhões, consolidando sua posição como uma das principais produtoras globais de alumina e bauxita. O anúncio da aquisição impulsionou as ações da Alumina em até 10,4%, atingindo seu ponto mais alto desde agosto de 2023. Ao mesmo tempo, as ações da Alcoa registraram um aumento de 2,1%, atingindo US$ 30,5 cada.
Essa movimentação estratégica da Alcoa visa garantir o controle total de sua joint venture, uma das maiores produtoras mundiais de alumínio semiprocessado. O alumínio desempenha um papel crucial na fabricação de infraestrutura renovável e veículos elétricos, tornando-se uma aposta significativa no contexto da transição para fontes de energia mais limpas.
Apesar das incertezas econômicas e da desaceleração nas vendas de veículos elétricos, o setor de mineração global tem testemunhado uma série de fusões e aquisições. O analista-chefe de mercado da trading KCM Trade, Tim Waterer, observou que a oferta de aquisição pode ser interpretada como um voto de confiança no setor de recursos, mesmo diante das perspectivas de crescimento incertas.
Após a conclusão do acordo, os acionistas da Alumina deterão aproximadamente 31,6% da entidade resultante da fusão, enquanto os acionistas da Alcoa terão uma participação de 68,4%. O conselho da Alumina, incluindo o diretor-gerente e o CEO, recomendou que os acionistas aprovem o negócio, a menos que uma proposta superior seja apresentada.
Essa aquisição ocorre em um contexto em que a Alcoa enfrentou desafios operacionais e questões relacionadas a licenças em seu negócio de bauxita na Austrália nos últimos meses. Além disso, em janeiro, a empresa anunciou planos para interromper a produção na fábrica de alumina de Kwinana, na Austrália Ocidental, como parte de medidas para controlar custos.