A Agência Nacional de Mineração (ANM) está no centro de uma investigação da Polícia Federal (PF) que suspeita de favorecimento de uma mineradora em troca de vantagens ilícitas. Como resultado, três servidores públicos foram afastados de suas funções e nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela PF em diferentes estados do país.
Além dos servidores da ANM, os sócios da empresa beneficiada também são alvos da operação, que investiga os crimes de associação criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e advocacia administrativa. A investigação começou após uma mineradora apresentar uma notícia-crime acusando a ANM de beneficiar sua concorrente. Durante as apurações, a PF descobriu que a empresa investigada pode ser de fachada.
Segundo a PF, a mineradora beneficiada não está localizada nos endereços registrados, não possui frotas próprias nem vínculos empregatícios formais. A operação, batizada de Grand Canyon II, é semelhante a outra operação realizada em 2015, inclusive com um alvo em comum. As medidas cautelares foram autorizadas pela 3ª Vara Federal Criminal do Pará.