A Vale anunciou uma parceria estratégica com a Wabtec Corporation para impulsionar a descarbonização das operações ferroviárias da empresa. O acordo envolve a aquisição de três locomotivas a bateria FLXdrive e o desenvolvimento de estudos para o uso de um motor a amônia como combustível alternativo ao diesel.
As locomotivas serão utilizadas na Estrada de Ferro Carajás (EFC), responsável pelo transporte do maior trem de minério de ferro do mundo, e serão acopladas ao trem atual, formando a primeira composição ferroviária híbrida do país. A fabricação das locomotivas ficará a cargo da Wabtec, em sua unidade em Contagem (MG), com previsão de entrega para 2026.
O objetivo inicial é substituir as locomotivas a diesel conhecidas como “helper dinâmicos” por locomotivas elétricas, visando maximizar a eficiência energética.
A Vale também busca a utilização de amônia como combustível para as outras locomotivas do trem, com o intuito de alcançar uma operação limpa na EFC. A malha ferroviária da Vale é responsável por 10% das emissões de carbono da empresa, que tem como meta se tornar carbono zero até 2050.
Vale avança em princípios ESG
Além disso, a parceria entre a Vale e a Wabtec contempla estudos para o desenvolvimento de um motor a amônia, uma alternativa que não emite CO2. Os próximos dois anos serão dedicados a realizar testes em laboratório para validar o desempenho, a redução de emissões e a viabilidade dessa tecnologia.
A implementação das locomotivas a bateria trará benefícios significativos, como a recarga das baterias por meio da frenagem do trem, aproveitando a energia regenerativa. Estima-se que essa tecnologia possa gerar uma economia de 25 milhões de litros de diesel por ano e evitar a emissão de cerca de 63 mil toneladas de carbono, equivalente ao consumo anual de aproximadamente 14 mil carros de passeio de mil cilindradas.
Com esse investimento, a Vale reafirma seu compromisso em reduzir as emissões de gases de efeito estufa e acelerar a transição para fontes limpas de energia em suas operações ferroviárias. A parceria com a Wabtec representa mais um avanço rumo à meta de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, alinhada com os objetivos do Acordo de Paris e a sustentabilidade ambiental.
- Com informações de Valor Econômico