por Fernando Moreira de Souza
De acordo com publicação do Valor Econômico, o grupo chinês Liaoning Fangda Group, uma das maiores siderúrgicas e fabricantes de equipamentos pesados para minas do mundo, assinou um memorando de entendimento para trabalhar junto com a mineradora australiana St George desenvolvendo o projeto de extração de nióbio e elementos de terras raras em Araxá (MG).
Com o acordo, a Fangda firma compromisso para a compra de ao menos 20% da produção de nióbio do Projeto Araxá, antecipando o pagamento para a St George e oferecendo suporte financeiro ao projeto, que tem o objetivo de produzir 5 mil toneladas de nióbio por ano, a partir de 2027. A empresa chinesa vai dar consultoria técnica e suporte na construção do projeto, pois os equipamentos produzidos pela Fangda podem ser utilizados na mina de Araxá.
Com dificuldades para captar recursos, a solução encontrada pela empresa australiana foi utilizar contratos de compra antecipada. Outro recurso a ser empregado no projeto da mina de Araxá vem de compromissos para levantar 20 milhões de dólares australianos em uma nova colocação de ações na bolsa de Sydney.
A Itafos Araxá Mineração e Fertilizantes, uma subsidiária da Itafos possui três licenças para o projeto Araxá e fechou acordo vinculativo no valor de US$ 21 milhões , além de uma participação de 10% na St George. US$ 10 milhões foram pagos à vista, US$ 6 milhões serão pagos até maio de 2025 e o restante em fevereiro de 2026.
Novas perfurações para avaliar os recursos disponíveis na mina serão feitos pela St George, que pretende extrair 5 mil toneladas anuais de nióbio a partir de 2027. Com 10% da área perfurada, o próximo passo é instalar o complexo industrial aos custo de R$ 2 bilhões. A empresa pode vir a produzir óxido de nióbio, mas o carro chefe será o ferronióbio.
A St George pretende explorar reservas de terras raras, mas não tem interesse em competir com a CBMM, empresa da família Moreira Salles, líder no mercado mundial de nióbio.