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por Fernando Moreira de Souza
A Câmara de Atividades Minerárias (CMI), vinculada ao Conselho de Política Ambiental (Copam), autorizou nesta sexta-feira (27/6) a ampliação do Complexo Minerário de Germano, operado pela Samarco, nos municípios de Mariana e Ouro Preto, em Minas Gerais. A decisão foi tomada de forma unânime pelos conselheiros do órgão.
O projeto contempla a construção de duas novas pilhas para disposição de estéril e rejeitos, o aumento da capacidade de uma pilha existente, a implantação de um depósito de rejeitos em cava confinada e a instalação de transportadores de correia de longa distância. A área do empreendimento está próxima ao distrito de Bento Rodrigues, atingido pelo colapso da barragem de Fundão em 2015, episódio considerado um dos maiores desastres socioambientais do país.
Estudo ambiental embasou decisão unânime
A aprovação teve como base o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) apresentado pela empresa, além de parecer técnico emitido pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam). Durante a reunião, conselheiros destacaram a relevância econômica da atividade mineral para os municípios da região, sobretudo Mariana e Ouro Preto.
Entretanto, a decisão foi contestada por entidades socioambientais. O Instituto Cordilheira, que atua nas duas cidades afetadas, manifestou-se contra a concessão da licença durante o encontro do Copam. Após a deliberação, a organização divulgou nota pública alegando ausência de transparência no processo e solicitando a suspensão do projeto de longo prazo.