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Por Ricardo Lima
A Power Minerals Limited concluiu a aquisição do projeto de carbonatito Santa Anna, em Goiás, fortalecendo sua atuação no segmento de minerais críticos na América do Sul, segundo comunicado divulgado na segunda-feira (1).
O ativo, que reúne um complexo alcalino de 2,5 km com alto potencial para nióbio, elementos de terras raras (ETRs) e gálio, posiciona a companhia entre o seleto grupo de empresas com exposição a esse tipo de formação geológica altamente demandada.
A transação, concluída por 500 mil dólares australianos em dinheiro e 1 milhão de dólares australianos em ações inclui ainda pagamentos condicionados ao avanço dos recursos minerais. A Power já validou o potencial do projeto, com furos próprios que registraram teores de até 33.600 ppm de Nb₂O₅ e 62.000 ppm de TREO.
Para a empresa, o projeto marca uma inflexão estratégica rumo ao fortalecimento de um portfólio voltado a minerais essenciais para a descarbonização global. Segundo o diretor-geral Mena Habib, “projetos hospedados em carbonatito são altamente disputados, e nossa capacidade de adquirir o Santa Anna, com um amplo banco de dados de sondagens históricas, representa uma oportunidade significativa. Os resultados de nossas perfurações confirmam o modelo exploratório e o potencial de escala distrital para nióbio e ETRs”.
Perfuração de 10 mil metros começa no próximo mês
Com a aquisição concluída, a Power prepara uma campanha de 10 mil metros de sondagem RC, que deve subsidiar a primeira estimativa de recursos minerais até o primeiro trimestre de 2026. A etapa inicial, de 2 mil metros, começa no mês que vem e mira áreas ainda não testadas do complexo.
Os trabalhos se apoiam em resultados do programa de diligência, que incluiu 29 furos e revelou zonas amplas de mineralização de nióbio e ETRs tanto em regiões intemperizadas quanto em rocha fresca. Cerca de 90% da área superficial do complexo permanece inexplorada, ampliando o potencial de descoberta de novas zonas de alto teor.
A campanha é considerada a mais abrangente já realizada no projeto Santa Anna e busca tanto confirmar a continuidade das zonas mineralizadas quanto abrir novas frentes de exploração greenfield.
Dados atuais de exploração
- Área total do complexo: ~2,5 km (leste-oeste)
- Tamanho do bloco: 17,05 km²
- Sondagem histórica: 192 furos, 5.377 m
- Sondagem da Power: 29 furos, 2.272 m
- Amostras superficiais: 196 coletas
- Melhores teores: 33.600 ppm Nb₂O₅ e 62.000 ppm TREO
- Área ainda não testada: ~90%












