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Por Ricardo Lima
A Pilar Gold Inc. anunciou a conclusão de um acordo histórico de reestruturação de dívidas por meio de sua subsidiária brasileira, Pilar de Goiás Desenvolvimento Mineral Ltda. (PGDM). O plano, aprovado em assembleia de credores realizada em 12 de junho de 2025, prevê a redução de aproximadamente 75% das obrigações financeiras, além de um período de carência para pagamentos pelos próximos quatro anos, permitindo a retomada imediata da produção de ouro no complexo localizado em Pilar de Goiás (GO).
O entendimento com a Equinox Gold Corp. também foi fundamental no processo. Antes do acordo, a dívida somava cerca de US$ 23 milhões. Com a renegociação, a empresa poderá amortizar o saldo entre os anos 4 e 10, com juros de aproximadamente 2,5% ao ano, além da possibilidade de antecipar o pagamento com desconto adicional. A expectativa é de que a homologação judicial ocorra nas próximas semanas, encerrando o processo de recuperação judicial iniciado em setembro de 2024.
Retomada das operações e impacto regional
Fundada em maio de 2019, a Pilar Gold Inc. é uma produtora canadense de ouro com foco no Brasil. Entre abril de 2021 e abril de 2024, operou com sucesso a Mina Pilar em Goiás, interrompendo temporariamente as atividades para obras de infraestrutura essenciais, incluindo melhorias na planta de beneficiamento e modernização dos sistemas de controle ambiental.
A empresa informou que os trabalhos de reativação já foram iniciados e que a produção deve atingir plena capacidade nos próximos meses. A retomada das operações deve gerar centenas de empregos diretos e indiretos, além de movimentar a cadeia de fornecedores locais e contribuir para a arrecadação municipal.
O CEO da Pilar Gold, Jeremy Gray, destacou que o acordo representa um marco decisivo para a companhia.
“Este acordo marca um ponto de virada para a PGDM, permitindo-nos reiniciar operações, restaurar empregos em Itapaci e no distrito ao redor, e devolver a PGDM à lucratividade”
Jeremy Gray – CEO
Gray ressaltou ainda o potencial de rentabilidade da mina. “A mina era anteriormente positiva em fluxo de caixa a preços de ouro abaixo de US$ 2.000 por onça. Aos preços de hoje, nós esperamos que a PGDM gere margens substanciais”, declarou. O executivo agradeceu a paciência dos stakeholders e acrescentou que a empresa está confiante com o futuro e comprometida em gerar valor sustentável de longo prazo.