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por Fernando Moreira de Souza
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (1º/7), a Operação Despesca II, com foco no combate à mineração ilegal de ouro no município de Santaluz, interior da Bahia. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em imóveis residenciais, empresas e em uma propriedade rural onde havia sido instalada uma nova planta de extração de ouro. A operação é um desdobramento da Operação Insistência, realizada em dezembro de 2023, quando garimpos clandestinos foram localizados na região de Serra Branca.
Na nova fase, os agentes federais encontraram evidências de que os investigados teriam retomado a atividade criminosa após a primeira ação policial. Segundo a PF, houve a transferência das piscinas de cianetação para outro ponto da área rural, com o objetivo de dificultar a fiscalização e ocultar a continuidade das práticas ilegais. A planta clandestina utilizava rejeitos de minério oriundos dos garimpos desativados.
Uso de substâncias tóxicas e riscos ambientais
De acordo com as investigações, o processo de lixiviação era conduzido com o uso indevido de cianeto de potássio e cianeto de sódio, substâncias altamente tóxicas e de controle militar. A manipulação irregular desses compostos, feita sem supervisão técnica ou autorização, representa sérios riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
Os envolvidos poderão ser responsabilizados por usurpação de bens da União, associação criminosa, posse de artefato explosivo, extração ilegal de recursos minerais, além de armazenamento e uso indevido de substâncias perigosas. A Polícia Federal informou que as apurações prosseguem, com análise do material apreendido e possível identificação de outros envolvidos na atividade ilícita.