A Saudi Arabian Mining Company (Maaden) revelou, nesta quinta-feira, a descoberta de múltiplos depósitos de ouro ao sul da sua mina de ouro existente, Mansourah Massarah, indicando potencial para expandir a mineração de ouro na região.
A empresa afirmou em comunicado que as descobertas, ao longo de uma faixa de 100 quilômetros, foram os primeiros resultados de um programa de exploração lançado em 2022.
Amostras coletadas indicaram a presença de depósitos de ouro de alta qualidade, com 10,4 gramas por tonelada (g/t) e 20,6 g/t em dois locais de perfuração aleatórios, a 400 metros da Mansourah Massarah. Isso significa que uma alta densidade de ouro foi encontrada no minério testado nesses locais.
Com base nesses resultados, a Maaden planeja uma “escalada agressiva das atividades de perfuração planejadas” em 2024 ao redor da Mansourah Massarah, de acordo com documentos da empresa.
O CEO da Maaden, Robert Wilt, informou à Reuters em outubro que a empresa planejava dobrar sua produção de ouro e fosfato.
Mansourah Massarah tinha recursos de ouro de quase sete milhões de onças no final de 2023 e uma capacidade de produção de 250.000 onças por ano, de acordo com o comunicado.
A Maaden, com 67% de propriedade do Public Investment Fund (PIF), o fundo soberano de US$ 700 bilhões do reino, é a maior mineradora do Golfo. Em janeiro de 2023, anunciou a Manara Minerals, uma joint venture com o PIF para investir em ativos de mineração no exterior.
Sua expansão faz parte de um esforço maior para reduzir a dependência da Arábia Saudita do petróleo, no âmbito do programa Vision 2030 do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman.
A Maaden enfrentou dificuldades no último ano com a queda dos preços globais do alumínio e fosfatos, registrando um prejuízo de 83,4 milhões de riyals (US$ 22,24 milhões) no terceiro trimestre, em comparação com um lucro de 2,1 bilhões de riyals no ano anterior.