A mineração é a atividade que mais investe em cultura no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que reúne as principais mineradoras do país, só no ano passado foram investidos cerca 324 milhões de reais em projetos culturais em diversos estados.
“Nenhum outro setor investe tanto em cultura como setor mineral brasileiro,” afirmou Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram, durante o evento Cultura & Mineração, realizado na sede da entidade, em Brasília, na quarta-feira 924/4, que reuniu políticos, empresários e profissionais que atuam no setor.
O evento abordou as conexões da mineração com barroco, mostrando a importância econômica e a influência da mineração no período colonial, com seus legados e manifestações culturais, na arquitetura barroca das igrejas e casarões, na música e nas festas populares, que refletem a riqueza e a diversidade cultural daquela época.
A programação do evento incluiu palestras relacionadas à história, à arte e à gastronomia, oferecendo uma experiência enriquecedora e envolvente para os participantes, que experimentaram pratos típicos do Brasil colonial que ainda são presentes na mesa dos brasileiros como o feijão tropeiro, preparados por Milsane Sebastião, cozinheira e pesquisadora.
Durante o evento, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, prefeito de Ouro Preto (MG), falou sobre a relação entre cultura e mineração no estado. Alex Calheiro, diretor do Museu da Inconfidência, mostrou uma visão sobre o museu e seu papel na preservação da história. O evento teve ainda recital “Memórias dos Afetos no Barroco Mineiro” – Uma performance artística que explorou as emoções e os sentimentos por trás do estilo barroco na arte mineira.