A Mineração Buritirama, uma empresa especializada em manganês, que possui a principal mina no estado do Pará, pretende investir R$ 1 bilhão em projetos nos próximos cinco anos, em busca de expansão de negócios e produção em Rondônia, Bahia e Minas Gerais.
Os investimentos em Minas Gerais, que estão previstos entre R$ 100 e R$ 200 milhões, serão destinados a pesquisas minerais e geológicas no Triângulo Mineiro, onde a empresa faz a prospecção de novas reservas.
Atualmente, a Buritirama já possui operação de lavra em Dores do Indaiá, no Centro-Oeste de Minas. Mas as atividades não pertencem 100% à empresa. A companhia possui participação em outra empresa do setor.
Os projetos de pesquisa em áreas com direito minerário no Triângulo começarão nos próximos meses. Se viáveis, as operações terão início após cinco anos.
Foco em manganês
A empresa se encontra no meio de seu planejamento estratégico com foco no aumento da produção de minérios ferrosos e não ferrosos em território brasileiro. Isso inclui, por exemplo, reservas de sua propriedade em Minas Gerais. Cerca de 10% a 20% dos R$ 1 bilhão serão destinados a pesquisas e geologia nessas reservas.
O setor de metalurgia é um grande consumidor de manganês e enfrentará um grande desafio em termos de demanda nos próximos anos. Na tecnologia, incluindo a produção de baterias, haverá tendência de crescimento. Enquanto isso, no agronegócio, o mineral será um produto importante na adequação do solo.
O Brasil está entre os quatro maiores produtores de manganês do mundo. O volume exportável chega próximo a 3 milhões de toneladas por ano. Além disso, a produção nacional é de cerca de 5 milhões de toneladas considerando diferentes teores. As empresas de ferro-ligas, micronutrientes e fertilizantes são os principais consumidores do mercado interno, de acordo com a mineradora.
Mineração Buritirama
A capacidade de produção atual da Buritirama é de 2,5 milhões de toneladas por ano. A empresa possui a principal reserva de manganês do Brasil, no Pará. As demais estão localizadas nos estados onde a empresa pretende avançar nos próximos anos.
São jazidas com reservas de médio porte, mas que têm a capacidade de ampliar significativamente a produção nos próximos anos. No caso de Minas Gerais, as áreas a serem investidas estão bem diversificadas no território. E, após as pesquisas, serão escolhidas as de elevados potenciais para projeto de operação.
A Buritirama espera ter resultados positivos em minérios ferrosos e não ferrosos para as áreas já adquiridas. Espera ainda produzir minérios de qualidade em Minas Gerais, potencializando ainda mais suas reservas de manganês.
Além disso, a empresa ressaltou que as operações no Pará continuarão e receberão novos investimentos em mineração e verticalização dos processos, incluindo o agronegócio. Recentemente, uma planta de sinterização foi adicionada ao complexo, podendo contribuir, nos próximos anos, com uma capacidade adicional de 300 mil toneladas por ano.
Fonte: Diário do Comércio