Um recente estudo da Universidade de Queensland revelou que quase um terço das barragens de rejeitos de minas do mundo estão armazenados dentro ou próximos a áreas de conservação protegidas, representando uma ameaça a algumas das espécies mais preciosas do planeta e suas paisagens.
Dos 1.721 locais de armazenamento de rejeitos analisados, 9% estavam dentro de áreas protegidas declaradas, e 20% estavam em um raio de cinco quilômetros. Isso levanta preocupações sobre os riscos para a biodiversidade global, incluindo em áreas protegidas australianas.
O principal autor do estudo, Bora Aska, alertou sobre os perigos futuros de falhas nesses locais, especialmente em áreas cruciais para a biodiversidade e conservação das espécies.
O estudo foi baseado em dados de empresas de capital aberto, parte da Iniciativa de Segurança em Mineração e Rejeitos, criada após o desastre da barragem da Vale em Brumadinho, Brasil.
Laura Sonter, autora sênior do estudo, destacou que o gerenciamento de resíduos de mineração se tornará um desafio de sustentabilidade mais complexo, prevendo um aumento significativo na produção de rejeitos nos próximos 30 anos devido à crescente demanda por metais de transição energética.
Os pesquisadores enfatizam que, embora as consequências para a biodiversidade possam ser devastadoras, os dados emergentes oferecem oportunidades para considerar esses riscos no projeto de novas instalações e no gerenciamento das existentes. A urgência em mitigar os impactos negativos dos resíduos de mineração no meio ambiente é ressaltada como essencial.
FONTE: Mining.com