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Por Redação
A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, afirmou que o Brasil possui ampla disponibilidade de minerais críticos e estratégicos, mas ainda explora pouco seu potencial. A declaração foi dada em entrevista ao videocast C-Level Entrevista, da Folha de S.Paulo.
Segundo Costa, o país figura entre as maiores reservas globais de recursos como terras raras, cobre, lítio e minério de ferro de alto teor, ao lado de Austrália, China e Canadá. “A gente tem muita reserva de mineral crítico e explora pouco”, disse à Folha.
O BNDES tem participado de iniciativas voltadas à expansão do setor mineral, entre elas a criação de um fundo de minerais críticos em parceria com a Vale, voltado a empresas em estágio inicial de desenvolvimento. A executiva afirmou ao jornal que o banco busca criar condições para atrair investimentos em projetos de ciclo longo e de alto risco.
Entre os mecanismos estudados pelo governo para incentivar o setor está a autorização de emissão de debêntures incentivadas, títulos de dívida que oferecem isenção de Imposto de Renda aos investidores. “Como o custo do dinheiro é alto no Brasil e é difícil investir em projetos de ciclo muito longo (…) a gente precisa criar as condições”, declarou Costa em entrevista à Folha.
Atualmente, as debêntures incentivadas são um dos principais instrumentos de financiamento da infraestrutura nacional, e o BNDES defende a manutenção do modelo atual de isenção fiscal. Criadas em 2011, essas emissões têm sido essenciais para ampliar o investimento privado em obras e projetos de energia, transporte e saneamento.