A mineração está se transformando e evoluindo em busca de um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo. Contudo, ainda há um longo caminho a se percorrer. Apesar disso, atividades que eram majoritariamente masculinas começaram a ser exploradas pelas mulheres e a mineração é um desses casos.
O resultado da participação feminina na mineração é extremamente positivo. Afinal, as empresas que adotam práticas de diversidade tendem a superar outras em inovação, colaboração e desempenho financeiro.
No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) lançou a campanha “Elas chegaram ao topo”, com depoimentos de profissionais que exercem funções de liderança na mineração.
As mulheres falam sobre o diferencial das mulheres no setor, os maiores desafios e dão conselhos para quem deseja ingressar ou iniciou a carreira agora na indústria mineral. Serão 15 vídeos publicados durante o mês de março nas redes sociais do IBRAM.
Participação das mulheres na mineração
Dados publicados no Relatório de Indicadores 2023 do Women In Mining Brasil (WIM Brasil) apontam que um a cada cinco empregados do setor mineral é do sexo feminino. Ou seja, 21% do corpo funcional. Este número é crescente, aumentou quatro pontos comparado a 2022.
Além disso, existe um movimento do setor mineral para investir no aumento do total de mulheres em cargos de liderança, iniciativa diretamente associada a ganhos em diversidade e inovação. Entretanto, ainda há muito a evoluir. Apenas 13% das mulheres do setor fazem parte do grupo da alta liderança responsável pela execução das estratégias corporativas, conforme apontou o IBRAM.
Em 2023, a promoção de mulheres a cargos gerenciais aumentou de 26% para 30% e aos não gerenciais evoluiu de 17% para 24%, comparado ao ano de 2022. Outro número de destaque foi o aumento da participação das mulheres nos conselhos administrativos das empresas. Em 2021, a participação era de 16%, passou para 21%, em 2022, e, em 2023, chegou a 30%.
Ana Sanches, CEO da Anglo American no Brasil, faz história como a primeira mulher a presidir o Conselho Diretor do IBRAM, desde fevereiro deste ano. Alinhada à governança do IBRAM, Ana atuará em parceria com as demais lideranças das empresas associadas, com foco em reforçar a implantação de ações que compõem a Agenda ESG da Mineração do Brasil.