por Fernando Fortuna
A Mineração Taboca, operadora da mina de Pitinga no Amazonas, foi adquirida pela estatal chinesa China Nonferrous Metal Mining (CNMC). A transação foi fechada por US$ 340 milhões e representa mais uma movimentação estratégica da China para assegurar o fornecimento de recursos minerais essenciais.
A mina de Pitinga, uma das maiores fontes mundiais de estanho e metais associados, como nióbio, tântalo e elementos de terras raras, com capacidade de produção anual de 17,9 milhões de toneladas de minério, também inclui uma planta hidrelétrica própria para atender suas demandas energéticas.
A aquisição reforça o interesse da China em consolidar o controle sobre minerais estratégicos, particularmente em momentos de incerteza geopolítica e demanda crescente por recursos usados em tecnologias verdes e eletrônicas. A CNMC busca integrar esses recursos em sua cadeia produtiva para fortalecer sua competitividade internacional.
O Futuro sob Gestão Chinesa
Com a entrada da CNMC, a expectativa é de investimentos para melhorar a produtividade e ampliar a exploração de metais estratégicos na mina de Pitinga. A operação também pode fomentar o uso de tecnologias inovadoras para recuperação de resíduos e aumento da eficiência operacional.
A venda da Mineração Taboca insere-se em uma tendência mais ampla de investimentos estrangeiros no setor mineral brasileiro, consolidando o papel do Brasil como um dos principais fornecedores globais de recursos minerais estratégicos.