O Brasil se destaca como líder global na produção de nióbio, um elemento considerado estratégico para a transição energética devido ao seu potencial de melhorar ligas metálicas.
Com uma fatia de 89% do mercado mundial, o país é o maior produtor, segundo dados do Serviço Geológico Americano. As maiores reservas de nióbio estão concentradas em Minas Gerais, Amazonas e Goiás, conforme informações da Agência Nacional de Mineração.
Catalão, município de Goiás, responde por 21% da produção nacional, com uma reserva de 16 milhões de toneladas e uma capacidade de extração de 670.000 toneladas por ano, contando com a participação acionária do Grupo Anglo Americana e Bozzano Simonses.
A produção brasileira do mineral gerou mais de R$ 137 milhões em 2022, solidificando o país como líder mundial tanto no consumo interno quanto nas exportações. As projeções do Plano Nacional de Mineração 2050 indicam um salto na produção, chegando a 171,7 mil toneladas em 2050, promovendo um impacto significativo na economia nacional.
O nióbio, conhecido por sua maleabilidade, resistência à corrosão, calor e desgaste, desempenha um papel crucial na economia verde. Utilizado em diversas aplicações, desde ligas metálicas para fortalecimento de barras até baterias de lítio, o nióbio contribui para a sustentabilidade e eficiência energética.
Um exemplo notável é sua presença no Grande Colisor de Hádrons, onde contribuiu para a descoberta do bóson de Higgs. Além disso, o nióbio é empregado em setores como automotivo, aeroespacial e saúde, sendo essencial em superligas para ambientes extremos.
Na área da saúde, o nióbio é utilizado em supercondutores presentes em aparelhos como ressonância magnética, marca-passos e tomógrafos, destacando sua versatilidade e importância em diversas indústrias.