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Por Ricardo Lima.
Começou na última quinta-feira (24), em Brasília, o curso de formação dos 230 aprovados no concurso público de 2025 da Agência Nacional de Mineração (ANM). A etapa representa um marco na história recente da instituição, que busca recompor seu quadro técnico, ampliar sua capacidade regulatória e fortalecer a governança no setor mineral. Informações da assessoria do Ministério de Minas e Energia.
Com apenas 30% dos cargos previstos legalmente ocupados, a ANM enfrentava gargalos operacionais. Agora, com a chegada dos novos servidores, espera-se um salto na eficiência e na resposta aos desafios de uma mineração cada vez mais tecnológica, responsável e estratégica.
Capacitação diante de novo ciclo
O curso, que segue até 1º de agosto, inclui temas como ética pública, fundamentos da mineração e práticas de regulação. Após a conclusão, os candidatos serão distribuídos por unidades da ANM em todo o país, atuando em áreas como fiscalização, barragens, arrecadação, comunicação e TI.
Para o diretor-geral da Agência, Mauro Sousa, a entrada da nova equipe sinaliza um ponto de virada. “Chegou a hora de virar a página do antigo DNPM e construir, juntos, uma instituição forte, respeitada e moderna”, afirmou.
Ao destacar o papel da ANM na transição energética e no uso sustentável dos recursos minerais, Caio Seabra Trivellato, diretor da agência, declarou: “Estamos nos estruturando para operar em um mundo digital, de decisões rápidas e impacto global”.
Regulação como missão de Estado
Durante a cerimônia de abertura, os demais diretores também enfatizaram a relevância do momento. Tasso Mendonça relembrou o papel fundacional da mineração no Brasil e ressaltou: “O mundo olha para nós pela riqueza dos nossos recursos minerais e pela responsabilidade que temos em sua exploração”.
Roger Cabral destacou o crescimento interno dentro da instituição: “A ANM oferece muitas oportunidades para quem se dedica. Façam carreira aqui. Vale a pena.”
Já Luiz Paniago defendeu uma atuação mais inteligente e estratégica na fiscalização: “A mineração precisa de fiscalização, sim, mas também de inteligência, estratégia e humanidade”.
A secretária de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Ana Paula Bittencourt, afirmou que a formação representa uma etapa muito importante do trabalho e elogiou os avanços recentes da Agência. “Vocês entram em uma casa que está sendo reformada, com apoio político, técnico e orçamentário”, disse.
Para a superintendente de Gestão de Pessoas da ANM, Aline Fernandes, o ingresso dos novos profissionais simboliza um novo tempo. “Vocês chegaram para transformar essa Agência. Nós queremos que vocês encontrem um propósito aqui — e não apenas uma função”, afirmou.
Impacto esperado
A expectativa é que os novos servidores contribuam para reconfigurar a capacidade institucional da ANM, num momento em que o setor mineral vive crescente pressão por transparência, eficiência regulatória e compromisso socioambiental.
O reforço no corpo técnico é visto como essencial para acompanhar a demanda global por minerais estratégicos e garantir a sustentabilidade da atividade no Brasil.