O projeto de terras raras do Módulo Carina da Aclara Resources (TSX: ARA) no Brasil pode se tornar uma fonte importante de disprósio, um elemento de terras raras essencial para a tecnologia de combate às mudanças climáticas, afirma o diretor financeiro da companhia François Motte.
“Este ativo poderia produzir cerca de 14% do disprósio que a China produz hoje”, disse Motte durante o Rule Symposium em Boca Raton, Flórida. “É bastante material na produção mundial controlada pela China,” pontou o executivo.
A Aclara divulgou recentemente uma nova estimativa de recursos para seu projeto em Goiás, que reflete um recurso mineral inferido de 298 milhões de toneladas, um aumento de 77% em relação à declaração de recursos minerais inferidos relatada anteriormente de 168 milhões de toneladas, em 12 de dezembro de 2023.
A estimativa das quantidades contidas de elementos magnéticos cresceu aproximadamente 69% em relação à quantidade relatada na no documento de 2023, um incremento nas terras raras pesadas contidas (disprósio e térbio (DyTb), de 8.240 toneladas para 13.470 toneladas, e um aumento nas terras raras leves contidas (neodímio e praseodímio (NdPr), de 49.832 toneladas para 84.565 toneladas.
Esses elementos são essenciais para a produção de ímãs permanentes usados em veículos elétricos e turbinas eólicas.
Cadeia de Suprimentos Integrada
A empresa disse que está trabalhando para desenvolver uma cadeia de suprimentos de mina para ímã verticalmente integrada e totalmente rastreável com fornecimento dos projetos de REE no Brasil e Chile.
Em Penco, no Chile é um dos projetos de terras raras mais avançados da América do Sul, a empresa apresentou uma avaliação de impacto ambiental e espera prosseguir com o licenciamento e a construção até o final de 2025. A empresa está desenvolvendo uma unidade de separação nos EUA para dar suporte às suas operações, visando os mercados de veículos elétricos e turbinas eólicas, essenciais para a transição energética no mundo