A Vale anunciou a criação da Agera, uma empresa dedicada à comercialização de areia proveniente de seus rejeitos de minério de ferro. O objetivo da iniciativa é reduzir a disposição de rejeitos em barragens e pilhas.
A Agera prevê comercializar 1 milhão de toneladas de areia em 2023, gerando uma receita de vendas de 18 milhões de reais.
Desde 2021, a Vale já destinou cerca de 900 mil toneladas de areia para o setor de construção civil e projetos de pavimentação rodoviária. A expectativa é atingir 2,1 milhões de toneladas em 2024 e aproximadamente 3 milhões de toneladas em 2025.
A Agera receberá a areia produzida a partir do tratamento dos rejeitos e a comercializará, contribuindo para a redução do volume de rejeitos depositados nas barragens.
A areia é produzida na mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), e a produção está se expandindo para as minas de Viga, em Congonhas, e Cauê, em Itabira.
A Agera, 100% subsidiária da Vale, foi criada para dar foco ao negócio de areia e aproveitar a logística da Vale, incluindo transporte ferroviário, para atender mercados mais distantes.
O mercado de areia no Brasil é significativo, com cerca de 330 milhões de toneladas utilizadas anualmente na construção civil e processos industriais. O uso da areia proveniente dos rejeitos evita a extração de areia natural.
A Agera possui sete pontos de atendimento ao cliente e estoque de material em Minas Gerais e no Espírito Santo. A empresa atende mais de 80 unidades fabris de sete segmentos, incluindo concreteiras, pré-moldados, argamassa, artefatos, cimenteiras, tintas texturizadas e pavimentos.
A criação da Agera representa um passo significativo na busca da Vale por soluções sustentáveis para seus rejeitos de minério de ferro e contribui para a redução dos impactos ambientais.